Jeanne Deber (Carole Bouquet de “007
– Somente Para Seus Olhos”) é uma serial killer fria e segura das suas
habilidades e ideologias que está presa há anos pelo assassinato de vários
homens. Quando consultada pela polícia para auxiliar a desvendar crimes que copiam
exatamente os seus decide participar da investigação desde que seu filho Damien
(Fred Testot) que é policial esteja na força-tarefa. Está montado o cerne de “A Louva-a-deus” (La Mante, no original), minissérie francesa de 2017 com 6 episódios
produzida pela TF1 e disponível no Netflix. Criada por Alice Chegaray-Breugnot,
Nicoles Jean e Grégorie Demaison, todos os capítulos têm direção de Alexandre
Laurent, o que sem dúvida ajuda para o bom andamento. O trabalho vai além do
suspense e do thriller policial para se estender a um drama familiar repleto de
segredos e (literalmente) esqueletos grandiosos escondidos. Com atuação firme
de Carole Bouquet, que mesmo sem ser a protagonista é quem comanda o (bom)
elenco, vemos uma história com resultado tenso e surpreendente que transita
entre o sadismo e o amor, entre a violência e a insegurança.
Nota: 7,0
“Collateral” é uma minissérie de
2018 produzida pela BBC em conjunto com a Netflix está disponível na plataforma com 4 episódios de quase
uma hora de duração cada. Escrita por David Hare (roteirista de ótimos filmes
como “O Leitor” e “As Horas”) traz a diretora S. J. Clarkson (das séries “Jessica
Jones” e “Orange Is The New Black”) na chefia. A trama inicia quando um motoboy
é assassinado por tiros depois de entregar uma pizza em Londres. A polícia da
cidade com a detetive Kip Glaspie (Carey Mulligan de “As Sufragistas” e “Drive”)
assume a frente da investigação e logo descobre que a vítima era um imigrante
ilegal, ao que tudo indica um sírio. Apesar de ter a investigação policial como
guia vai muito além disso e se expande pela questão do tratamento do Reino
Unido a refugiados e imigrantes e passa sobre abusos no exército, tráfico
ilegal de pessoas, política e religião. Muita coisa para ser tratada em pouco
tempo, correto? Sim, correto, e esse é o maior mérito do trabalho que mesmo sem
se alongar profundamente consegue dar ênfase crítica a esses temas.
Nota: 7,5
Irmãos com habilidades especiais
(e bem bizarras) se reúnem novamente debaixo do mesmo teto depois de um longo tempo
e descobrem que precisam deixar as diferenças de lado e juntar forças para
salvar o mundo de um apocalipse iminente. Essa é premissa básica de “The Umbrella Academy”, série que é uma
produção original da Netflix e se baseia nos quadrinhos vencedores do Prêmio
Eisner criados por Gerard Way (ex-vocalista do My Chemical Romance) e o
brasileiro Gabriel Bá (da obra-prima “Daytripper” em conjunto com o irmão Fábio
Moon). Com maciça campanha de divulgação os 10 episódios não decepcionam e por
mais que apresente uma ideia geral não tão original assim, o que realmente
conta e faz valer a pena é o caminho pautado por desastres pessoais e familiares
de personagens extremamente singulares e desestruturados. Inspirado por X-Men e
principalmente Patrulha do Destino, Gerard Way criou com Gabriel Bá algo muito divertido
e intrigante que se transpõe com a mesma força para a telinha (mesmo com
caminhos diversos) e exibe cenas fantásticas e grandes atuações de Robert
Shehan e Ellen Page.
Nota: 8,5
Assista aos trailers:
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