Salve, salve, minha gente amiga.
O ano que termina hoje supera
2017 em vários quesitos preocupantes. Os resultados drásticos das eleições que
são oriundos em uma análise mais ampla do golpe (nem tão) disfarçado que o país
sofreu escancarou uma direita extremada, intolerante e feroz que irá perseguir
minorias e aqueles que pensam diferente. A religião, principalmente (mas não
somente) pela igreja evangélica se junta ao Estado e já anuncia o nosso retorno
para a idade média ou mais longe ainda. O conservadorismo burro e tosco parece
ser a moeda da vez, não só no Brasil, mas em outros países do mundo. São tempos
preocupantes, muito preocupantes.
Esse clima, esse cenário
distópico absurdo, faz com que qualquer conquista pessoal – por mais árdua e
gratificante que seja – fique em segundo plano. Ou pelo menos deveria ficar.
Contudo, acima disso, acima do medo, existe a missão de cada um de combater, de
ajudar quem precisa, de dar a mão, de levantar do chão. De brigar por direitos
iguais, por um país mais justo para todos, por um lugar onde as pessoas possam
ter pleno domínio da vida e de seus corpos e onde todos tenham oportunidade de
sonharem além. É preciso combater cada notícia falsa que se apresentar, cada
comentário estúpido e racista na mesa do bar, cada atitude mesquinha e egoísta
que seja possível.
O blog fez 13 anos em 2018 e
continuamos vivos, sendo atualizado do jeito que consigo, com a missão cada vez
mais primordial de espalhar cultura para aliviar o caos mental e principalmente
servir como força para seguir em frente, nem que seja só um pouquinho.
Quadrinhos e literatura continuaram a ser o foco em 2018 e assim deve
permanecer em 2019 (porém, o cinema deverá ganhar mais espaço novamente).
No mais, não dá para conversar
muito mais sobre o ano do blog ou meu ano pessoal. Infelizmente. Os horizontes
que se apresentam não são dos mais leves ou belos, mas iremos persistir. Do
jeito que dá. No dia a dia acima das redes sociais. A esperança existe e nesse
momento é por ela que devemos brigar. Fazendo o melhor para transformar nossa
rua, nosso bairro, nossa cidade, em um lugar de mais amor, tolerância,
compaixão, diversidade, criatividade e generosidade. Tarefa das grandes, eu sei,
mas extremamente precisa.
E que a cultura sirva para
aplacar as dores e instigar o pensamento, como sempre.
É isso, não tem como fugir. 2019
está aí. Vamos juntos. .
Paz Sempre.
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