Tudo pode acontecer com o
Deadpool né? Já deu para perceber isso no decorrer dos anos, então nada mais normal
(para ele) do que ter que enfrentar uma horda de zumbis poderosos composta por
todos os ex-presidentes dos EUA já falecidos. “Deadpool – Meus Queridos Presidentes” é uma publicação nacional do
início do ano em capa dura da Panini Comics com 140 páginas e faz um compêndio
das edições do mascarado maluco de 1 a 6 lançadas nos EUA entre janeiro e maio
de 2013. Com roteiro de Gerry Duggan e Brian Posehn, tem ilustrações de Tony
Moore e cores de Val Staples. No divertido absurdo da história, os
ex-presidentes são convocados do além por um maluco ex-agente da S.H.I.E.L.D
que mexe com magia, para que estes salvem a América, que anda uma desgraça só.
Bom, as coisas não saem bem como o planejado e a agência com vergonha (entre
outras coisas) do ocorrido acaba convocando o Deadpool para salvar o dia. Claro
que também que as coisas não fluem da maneira que todos pensavam e o mercenário
tagarela vai arremessando corpos na mesma proporção que distribui suas piadas
ácidas e comentários cruéis. Esse primeiro arco de histórias apresentou a nova
fase do personagem que continua em alta voltagem até hoje. “Deadpool – Meus Queridos Presidentes” é diversão do início ao fim,
com uma ou outra crítica espalhada ali pelo meio do caminho, e uma “repaginada”
peculiar de personagens históricos e tão importantes. Inclusive, pode tranquilamente
a alguns anos figurar entre as histórias clássicas do protagonista, mesmo que
seja um mais do mesmo do que já se viu antes. Sem se atentar a isso, no
entanto, cumpre o seu papel que é divertir o leitor. E cumpre muito bem.
Nota: 8,0
Um dos pontos fracos mais
latentes do Homem-Aranha sempre foi a família. Desde o início lá atrás quando o
tio é assassinado, o herói ficou obcecado pela segurança de todos aqueles ao
seu lado. Usando essa “fraqueza”, os escritores Mark Waid (Demolidor) e James
Robinson (Batman) criaram uma graphic novel com trama fechada que apresenta o
aracnídeo tendo que lidar de maneira bem interessante com isso. Publicada
originalmente nos EUA em 2014, a história ganha edição nacional nesse ano pela
Panini Books com capa dura, tratamento cuidadoso e 116 páginas. A arte da hq é
um caso à parte. Com desenhos de Werther Dell’Edera e arte pintada do magistral
italiano Gabrielle Dell’Otto (de “Guerra Secreta”), a trama que já é boa, se
amplifica ainda mais. Falando em trama, tudo começa com Peter Parker sendo
salvo por uma misteriosa mulher, que mais a frente se verá ter relações
familiares diretas com ele. Por trás de tudo está um zeloso plano do Rei do
Crime (como a capa já denuncia o envolvimento dele), que ambiciona voltar para
o reinado que deixou para trás. É bacana se deparar com uma boa história do
Aranha, tão maltratado ultimamente nos quadrinhos, com um roteiro que se
sustenta e traz o leitor para o jogo. Com direito a vários extras, a edição
brazuca de “Homem-Aranha – Negócios de
Família” é daquelas para se guardar na estante, ainda mais pelo
deslumbrante trabalho visual apresentado. Se ainda hoje o escalador de paredes
é um dos maiores nomes da Marvel, causando rebuliço até em outras mídias, dá
para imaginar o quão grande ele seria se recebesse sempre o mesmo tratamento aqui
dispensado pela dupla Mark Waid e James Robinson.
Nota: 9,0
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