“Vingança” (Vengeance, no
original) foi publicada nos EUA entre setembro de 2011 e fevereiro de 2012 em seis
edições, sendo que aqui a Panini Comics lançou esse material no ano passado com
140 páginas em um encadernado de capa dura. A minissérie nasceu de forma
peculiar, pois a Marvel tinha seis capas produzidas primorosamente pelo artista
Gabrielle Dell’Otto usando os vilões Magneto, Mercenário, Doutor Octopus, Loki,
Caveira Vermelha e Doutor Destino, mas não sabia o que fazer com elas. Joey
Casey (Vingadores) foi chamado para montar uma trama a partir dessas capas e
para cuidar da arte convidou o habilidoso Nick Dragotta (Fundação Futuro). O roteiro
usa o conceito de uma recente Brigada Juvenil (criada nos anos 60) que se
depara contra uma também jovem versão dos Mestres do Terror, com a inclusão de novos
personagens no caminho e a inserção de veteranos como a Mulher-Hulk e o Falcão
Noturno. Ambientada dentro do contexto geral do Universo Marvel da época a
narrativa usa a aventura com um humor meio cínico, explorando um teor
consideravelmente mais adulto para o que se está acostumado a ver (a
classificação, por exemplo, é para 16 anos) e acaba divertindo sem maiores
ambições, pois mesmo que tenha um argumento até mediano para ser usado, o
desenvolvimento deste acaba sendo confuso e a edição serve mais pelas cenas de
ação do que pela história propriamente dita.
Nota: 6,0
A Marvel tem uma linha editorial
chamada MAX, onde o conteúdo é liberado para incursões de quase toda estirpe,
inclusive explícitas. Frank Castle, mais conhecido como Justiceiro, é um dos
personagens mais importantes desse espaço e a Panini Comics colocou no mercado
no início de 2015 mais um encadernado de capa dura estrelado por ele. “Justiceiro MAX: Mercenário” reúne as edições
de “Punisher Max” de 6 a 11 lançadas
originalmente entre junho de 2010 e maio de 2011 lá fora e vem suceder o álbum
anterior que trazia os cinco primeiros exemplares e mostrava a ascensão do Rei
do Crime ao poder. Ainda parte integrante da excelente fase comandada pela
dupla Jason Aaron (Wolverine) e Steve Dillon (da magistral “Preacher”), esse
novo arco de histórias supera o começo da jornada e insere o Mercenário no
caminho do Justiceiro, com o Rei do Crime como coadjuvante. O Mercenário
aparece aqui mais insano do que nunca visto antes, usando e abusando da
violência gratuita e desnecessária a fim de entender o Justiceiro, enquanto o
persegue e desmorona toda a sua rede de segurança colocando inclusive a polícia
em seu encalço. Com um roteiro básico, porém inteligente, aliado a diálogos eficientes,
caminhos narrativos interessantes e uma arte extremamente habilidosa, “Justiceiro MAX: Mercenário” se
configura em uma ótima pedida para fãs da nona arte.
Nota: 8,5
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