A cidade de Las Vegas no estado de
Nevada nos Estados Unidos teve a grande guinada da sua trajetória entre as décadas
de 50, 60 e 70. Uma boa parte dessa trajetória de construção de cassinos, hotéis
e restaurantes luxuosos teve envolvimento direto e em grande escala da máfia.
Esse é o gancho que Nicholas D. Pileggi (escritor dos livros que deram origem
aos filmes “Cassino” e “Os Bons Companheiros”) e Greg Walker utilizam para
criar a série “Vegas” que estreia
agora no dia 12 de março no Brasil.
“Vegas” começou a ser exibida lá fora no ano passado (onde a
primeira temporada se aproxima do final) e só desembarca por aqui agora, com transmissão
toda terça-feira no canal Space às 21:00hs. A série utiliza do cenário descrito
acima para contar a história do xerife Ralph Lamb (interpretado por Dennis
Quaid de “A Fera do Rock”), um fazendeiro e veterano da segunda guerra mundial
que devido a uma série de circunstâncias acaba indo parar no comando das forças
policiais da cidade.
Ralph Lamb realmente existiu e a
série se aproveita de termos gerais da sua vida para que com a devida liberdade
explore os casos apresentados. Ao seu lado na delegacia estão o irmão Jack Lamb
(Jason O’Mara de “Terra Nova”) e o filho Dixon Lamb (Taylor Handley de “Dawson’s
Crrek”), além da assistente do promotor Katherine O’Connell (Carrie-Anne Moss,
a eterna Trinity de “Matrix”). Do lado da máfia que controla um dos maiores
cassinos da cidade, o destaque fica com Vincent Savino (Michael Chiklis de “The
Shield”).
Basicamente a trama se desenrola
em três frentes. Primeiro a resolução de casos de assassinatos e outros crimes
diretamente vinculados a obsessão pelo dinheiro e a formatação desse novo lugar,
ainda uma terra quase sem lei. Depois temos a guerra nada velada entre Ralph Lamb
e a máfia da qual Vincent Savino é o chefe de operações e, por último, a série
invade (como diz o manual) a vida dos personagens para expor dramas, romances e
fraquezas que servem para atrair uma determinada parcela de público.
“Vegas” é como uma fraca mistura da ótima “Magic City” (ainda
inédita por aqui) com “C.S.I”, pois trata tanto da instalação dos cassinos e a relação
com a máfia, quanto da resolução de casos baseados em descobertas “científicas”
dos agentes. Se focasse mais na primeira parte, talvez rendesse mais. As
atuações canhestras de Dennis Quaid e sua trupe nada ajudam e o único que se
salva é o competente Michael Chiklis. Mesmo divertindo em alguns momentos, “Vegas” consegue ser com muita boa
vontade, apenas mediana.
Nota: 5,5
Site oficial da série no canal Space: http://vegas.canalspace.com.br
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Assista a um vídeo legendado:
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