“O que você tem em mãos é o quinto volume de “As Crônicas de Gelo e Fogo”.
O quarto volume foi “O Festim dos Corvos”. Contudo, este volume não dá
sequência ao anterior no sentido tradicional, mas corre em paralelo a ele”.
O parágrafo acima é extraído das
observações iniciais de George R. R. Martin antes do começo de “A Dança dos Dragões”, o quinto livro
da citada série de gelo e fogo, que a Editora Leya publica esse ano por aqui
com 872 páginas e tradução de Márcia Blasques. Originalmente a obra foi lançada
no ano passado, mas em terras nacionais chega não muito tempo depois do volume
anterior e dentro da sequência projetada pela responsável pelos direitos de
publicação.
“A Dança Dos Dragões” enverga no seu corpo as expectativas de
superação e retomada de caminho, quebradas com o apenas mediano “O Festim dos
Corvos”. Para isso conta com a volta de personagens fortes (talvez os mais
agudos do momento atual) como Jon Snow, Tyrion Lannister e Daenerys Targaryen.
Ao final das mais de 800 páginas dentro dessa obtusa terra, essa superação é
obtida quase que plenamente, mesmo ainda ficando um pouco aquém da trilogia
inicial.
George R.R. Martin amplia ainda
mais os horizontes dessa terra que inventa e escreve desde a segunda metade dos
anos 90. Esse horizonte é aumentado não somente com a inserção de novos
personagens que participam de modo relevante da trama, como também fisicamente,
pois novas fronteiras são desenhadas além de Westeros, as terras do mar de
verão e as cidades livres. Essa dilatação proporciona de maneira imediata outras
perspectivas para explorar.
Em “A Dança dos Dragões” vemos o jovem Jon Snow lutar contra tudo e
todos no comando da Muralha, enquanto a princesa Targaryen começa a transitar
em estradas cada vez mais frágeis, tendo que igualar sua sede de poder com
desejos sexuais e traições dentro do seu próprio círculo. Do outro lado, o anão
Lannister (o personagem mais interessante do primeiro nível) foge da morte
certa e começa a descobrir que suas certezas não estavam tão certas como ele
suspeitava.
A trama ainda olha para os
Greyjoy e também para o Rei Stannis Baratheon, que mesmo sem as forças que
deseja, se mantêm firme na oposição ao Rei Tommen Lannister em Porto Real. Esse
olhar também se estende para após os eventos que andam de modo uniforme com o
“Festim dos Corvos” e acaba juntando os dois últimos volumes, criando novamente
expectativa para o volume vindouro dessa série que navega entre sangue e sofrimento
pelas mãos do seu autor.
Nota: 7,5
Site do autor: http://georgerrmartin.com
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2 comentários:
Ainda estou no terceiro Livro e queria saber de vocês qual foi a melhor parte de todos os livros até agora, seja ela uma parte dramatica ou violenta.
Eu pergunto porque eu achei a parte da morte da Ygritte muito boa, e para mim o melhor final de personagem dos três volumes
Obrigado, Alisson Almeida, Arapiraca Alagoas
Alisson, gostei bem do segundo e terceiro livros. O quarto dá uma caída e agora o quinto tenta levantar novamente (e consegue quase que totalmente).
Para mim, os melhores momentos da série estão nas mortes dos Starks e no destino a que foi submetido Tywin Lannister.
Abração :)
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