Belém, Pará. Norte do país. 14 de
setembro de 2012. Por volta de 22hs entro no “Cidade Folia”, o lugar escolhido
para a canadense Alanis Morissette continuar a turnê nacional de lançamento de
“Havoc And Bright Lights”, o mais novo rebento da moça (agora mulher) que na
segunda metade dos anos 90 vendeu milhões de discos. Um lugar grande que logo
na portaria deixou a clara percepção de que não ia chegar próximo da sua
capacidade máxima.
Em um cenário que somente nos
últimos anos começou a dar alguns passos para entrar na rota dos shows
internacionais que tanto desembarcam no país, a produção do evento fez algumas
confusões, incluindo uma controversa liberação de ingressos na véspera em um
site de compra coletiva. Um lugar menor teria sido a melhor escolha para deixar
o público mais perto e aquecer ainda mais a noite da cidade das Mangueiras.
Porém, as previsões iniciais foram altas demais.
Quando subiu ao palco próximo às
23:00hs, depois de uma sequência de rap e hip-hop que castigou os ouvidos da
maioria durante um bom tempo, Alanis parecia se imaginar em um estádio lotado.
Super simpática, desfilou quase que na totalidade o repertório já apresentado
antes em São Paulo, Rio, Curitiba, Belo Horizonte e Recife (e que depois ainda
exibiria em Goiânia), com a inclusão de algumas poucas surpresas como “Mary
Jane”, faixa do álbum de maior sucesso.
Entre sucessos de “Jagged Little
Pill” como “You Learn”, “Ironic” e “Head Over Feet”, outros hits da carreira
eram embaralhados com as canções do recente trabalho. Ao lado de faixas como
“So Pure” e “Hands Clean”, novas composições surgiam, tais quais “Woman Down”,
“Guardian”, “Numb” e “Edge Of Evolution”, a melhor delas. Com boa qualidade de
som – apesar de não privilegiar as guitarras como se esperava - a banda levava
tudo na maior tranquilidade possível.
Depois de 2 bis (um com “Hand In
My Pocket” e “Uninvited” e o final com “Thank U”), Alanis cumpriu aquilo que
prometeu entregar, ou seja, um show para quem gostou dos primeiros discos e
todas aquelas meninas que queriam ser ela nos anos 90, aliado a exibição de
algumas novas canções. No entanto, o principal da noite foi admirar a
simplicidade de quem já teve o mundo aos pés e ainda ostenta tremenda simpatia,
ao contrário de muitos “artistas” que se acham por aí.
Nota: 7,0
Site oficial: http://www.alanis.com
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Créditos da Foto: Thais Rezende/G1