Um fuzileiro naval dado como
morto em uma missão no Iraque é encontrado oito anos depois enclausurado em um
quarto sujo. A euforia dos envolvidos na missão é extrema e representa não
somente o resgate de um soldado, como também uma vitória na guerra particular
contra o terrorismo que o governo dos Estados Unidos promove tendo a CIA como
um dos condutores. Tudo lindo, maravilhoso e perfeito. Menos para a agente
Carrie Mathison.
“Homeland” foi exibida nos USA pelo canal Showtime e começou a
passar aqui no canal FX aos domingos às 22hs (onde trava batalha com séries
como “Guerra dos Tronos” da HBO), chegando referendada por boas críticas e prêmios.
Com Claire Daines (“Romeu + Julieta”) no papel da desconfiada agente que
protagoniza a trama, apresenta-se mais uma vez o tema da paranóia e cuidados
extremos que o governo impôs a população depois do fatídico 11 de setembro de
2001.
Damian Lewis (“Sua Alteza?”)
interpreta Nicholas Brody, o militar desaparecido que precisa lidar com o
retorno a um mundo bem diferente daquele que deixou. O primeiro desafio encontra-se
logo na família. A esposa Jessica (Morena Baccarin da série “V”) e os filhos
Dana (Morgan Saylor) e Chris (Jackson Pace) já estão levando a vida sozinhos há
um tempo e a inesperada volta faz com que arranjos sejam refeitos e complicadas
readequações se iniciem.
Enquanto o Sargento Brody é
recebido pelo país (e políticos como o vice-presidente) de braços abertos, a
agente Mathison acentua cada vez mais a pulga atrás da orelha. Com a ajuda do
chefe e mentor Saul Berenson (Mandy Patikin) tenta ligar os pontos que levam
essa volta com uma informação que ouviu quando trabalhava em Bagdá, antes de
ultrapassar as barreiras da lei e ser deportada. Aliás, ultrapassar essas
barreiras é quase uma constante na sua linha de operação.
“Homeland” é na sua essência um thriller de suspense é
investigativo, que tenta livrar os USA de um novo ataque terrorista efetuado
pela Al-Qaeda e em alguns momentos segue a conhecida linha de evolução instituída
por “24 Horas”. Fora isso (e mais interessante, talvez) é um drama que trata de
suportar o peso da vida e das suas ações, enquanto as coisas parecem ruir cada
vez mais e um jogo sujo de bastidores e político começa a desempenhar
importante papel.
Quase todos os personagens tem um
outro lado escondido que precisam lidar se não quiserem sucumbir. Desde a filha
adolescente que se droga com os amigos em busca de alivio até os segredos
enterrados na alta cúpula do país, passando por traições familiares e doenças
perigosas ocultas, fazendo de “Homeland”
um prato cheio de hesitação, dúvidas e dubiedade e que na primeira temporada
consegue casar bem a ação com os (vários) dramas pessoais embutidos.
P.S: “Homeland” é uma
adaptação de uma séria israelense chamada “Hatufim/Prisoners Of War”.
Nota: 7,5
Site oficial: http://www.fxbrasil.com.br/br/series/homeland
Assista ao trailer:
Nenhum comentário:
Postar um comentário