O ano de 2007 apresentou algumas
boas surpresas fora do esquemão mais tradicional. Tivemos o álbum de estreia
dos dinamarqueses do Kissaway Trail e dos canadenses do Young Galaxy. Paul
Quinn (ex-Teenage Fanclub) lançou “Go!” com o Primary 5 e John Stirrat (Wilco)
apareceu com mais um trabalho do Autumn Defense. Os suecos do Weeping Willows
encantaram com a melancolia de “Fear & Love”, enquanto os australianos do
Devastations trincavam a alma com “Yes, U”.
Dentro desse inventário retroativo de 2007, pode-se adicionar também o Red Button com “She's About To Cross My Mind”. A banda formada pelos norte-americanos Seth Swirsky e Mike Ruekberg, músicos com larga experiência, debutou com um belo disco naquele ano. A sonoridade do duo reconstruía o estilo dos anos 60 com perícia e autoridade, sem soar como uma mera transcrição da época. E no ano passado mais uma prole dessa sonoridade nasceu com “As Far As Yesterday Goes”.
“As Far As Yesterday Goes” tem lançamento pela Grimble Records e serve as características anteriores como refeição principal. Nas 12 canções encontram-se facetas de Beatles, Kinks, Hollies, Monkees, Zombies, Turtles, Troggs e Beach Boys. Já na primeira faixa (“Caught In The Middle”) isso fica evidente. Com uma gaita no riff inicial remete-se a primeira fase da carreira do quarteto de Liverpool, de coisas como “I Should Have Know Better” e assim essas memórias são estendidas para o resto do trabalho.
A faixa título é uma balada com modus operandi de Paul McCartney, enquanto “Sandreen” já olha mais para George Harrison. “On a Summer Day” e “Girl, Don’t” são pequenas baladas sessentistas e “Picture” e “I Can’t Forget” utilizam a delicadeza do powerpop de Norman Blake e seu Teenage Fanclub. E ainda tem “You Do Something to Me” levada ao violão com uma graciosa batida reggae (e que mataria Jack Johnson de raiva caso ele escutasse) e toda a sutileza melódica da garbosa “Genevieve”.
O segundo disco do Red Button é um balcão de oportunidades para destilar clichês do tipo “um disco que não mudará sua vida, mas a deixará melhor por alguns instantes”, “um disco que é difícil tirar do som” ou ainda “um disco a ser descoberto”. E “As Far As Yesterday Goes” honra bem todos eles, pois afinal clichês são feitos para ser empregados e essa é uma situação ideal. É colocar para tocar e deixar que as músicas de Seth Swirsky e Mike Ruekberg façam o devido processo de sedução e conquista.
Sobre o disco de 2007, passe aqui.
Nota: 7,5
Site oficial: http://www.theredbutton.net
Dentro desse inventário retroativo de 2007, pode-se adicionar também o Red Button com “She's About To Cross My Mind”. A banda formada pelos norte-americanos Seth Swirsky e Mike Ruekberg, músicos com larga experiência, debutou com um belo disco naquele ano. A sonoridade do duo reconstruía o estilo dos anos 60 com perícia e autoridade, sem soar como uma mera transcrição da época. E no ano passado mais uma prole dessa sonoridade nasceu com “As Far As Yesterday Goes”.
“As Far As Yesterday Goes” tem lançamento pela Grimble Records e serve as características anteriores como refeição principal. Nas 12 canções encontram-se facetas de Beatles, Kinks, Hollies, Monkees, Zombies, Turtles, Troggs e Beach Boys. Já na primeira faixa (“Caught In The Middle”) isso fica evidente. Com uma gaita no riff inicial remete-se a primeira fase da carreira do quarteto de Liverpool, de coisas como “I Should Have Know Better” e assim essas memórias são estendidas para o resto do trabalho.
A faixa título é uma balada com modus operandi de Paul McCartney, enquanto “Sandreen” já olha mais para George Harrison. “On a Summer Day” e “Girl, Don’t” são pequenas baladas sessentistas e “Picture” e “I Can’t Forget” utilizam a delicadeza do powerpop de Norman Blake e seu Teenage Fanclub. E ainda tem “You Do Something to Me” levada ao violão com uma graciosa batida reggae (e que mataria Jack Johnson de raiva caso ele escutasse) e toda a sutileza melódica da garbosa “Genevieve”.
O segundo disco do Red Button é um balcão de oportunidades para destilar clichês do tipo “um disco que não mudará sua vida, mas a deixará melhor por alguns instantes”, “um disco que é difícil tirar do som” ou ainda “um disco a ser descoberto”. E “As Far As Yesterday Goes” honra bem todos eles, pois afinal clichês são feitos para ser empregados e essa é uma situação ideal. É colocar para tocar e deixar que as músicas de Seth Swirsky e Mike Ruekberg façam o devido processo de sedução e conquista.
Sobre o disco de 2007, passe aqui.
Nota: 7,5
Site oficial: http://www.theredbutton.net
Site de Seth Swirsky: http://www.seth.com
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