domingo, 13 de novembro de 2011

"Reféns" - 2011


O diretor Joel Schumacher tem algumas podreiras pesadas no currículo como “Batman Eternamente” (1995), “8mm” (1999) e “O Fantasma da Ópera” (2004) que contrastam com bons filmes como “O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas” (1985), “Os Garotos Perdidos” (1987) e “Um Dia de Fúria” (1993). Seu novo trabalho chamado “Reféns” não chega a entrar para o grupo das podreiras, mas bate na porta e espera calmamente a alguns pequenos passos.

O longa conta com Nicolas Cage e Nicole Kidman nos papeis principais, interpretando o casal bem sucedido que mora em uma casa fantástica e repleta de segurança. Ele é uma espécie de mercador de diamantes, ela é uma arquiteta que projetou o próprio lar. Para completar a família, temos a filha jovem e rebelde feita pela bela Liana Liberato de “Confiar”. Com o time devidamente apresentando e pronto para entrar em campo, a (confusa) trama se desenrola.

Por conta da atividade do pai, a família se vê acossada na própria residência, pois desperta a cobiça em um grupo de assaltantes. Essa cobiça que inicialmente se mostra apenas material, deixa de ter algum sentido quando desenrola para outros lados. A tentativa de justificar o ato em si deixa o já fraco roteiro de Karl Gajdusek (do bom “Desconhecido”), mais fragilizado ainda. Com reviravoltas constantes e explicações risíveis para elas, o longa caminha para ser apenas suportável.

A atuação dos atores tem pelo menos um lado positivo, pois traz Nicolas Cage em um papel menos ridículo do que o dos seus últimos trabalhos. Mesmo não sendo espetacular, ele controla melhor seus trejeitos e vícios e até consegue imprimir alguma carga de boa atuação no seu personagem. Já a estonteante Nicole Kidman parece perdida e totalmente desfocada da ótima atriz que é. Serve apenas como o rosto feminino que desencadeia emoções fortes nos homens. 

“Reféns” é um filme que funcionaria melhor se a carga de tensão envolvida fosse muito maior. Sem maiores justificativas ou considerações, apenas o medo elevando em potência máxima o desespero dos personagens e consequentemente dos espectadores. Não é isso que se vê na tela. Até que em certas passagens temos algumas leves arrancadas rumo a esse objetivo, mas fica somente nisso. Indicado somente para aquele dia em que as opções nas salas de cinema foram parcas e previsíveis.

Assista ao trailer:


Nenhum comentário: