Talvez Ry Cooder seja mais conhecido pelo seu trabalho no documentário “Buena Vista Social Club” de 1997 que elevou a música cubana a patamares maiores de reconhecimento. No entanto, o músico de 64 anos tem uma carreira que abrange muito mais do que isso, indo de discos próprios, viajando por participações em discos de outros artistas como Randy Newman e Eric Clapton e desembarcando em trilhas sonoras famosas como a de “A Encruzilhada” de 1986.
Sempre preocupado em agregar os mais diversos estilos, o músico foi eleito pela revista Rolling Stone, um dos 100 maiores guitarristas da história. Em seu mais recente disco, porém, ele deixa de lado essa variação maior de estilos e volta para um universo calcado nos anos 30 e 40, com o blues e o folk predominando nas 14 faixas de “Pull Up Some Dust And Sit Down”, que sucede a trilogia “Chávez Ravine” (2005), My Name Is Buddy (2007) e “I, Flathead” (2008).
Ry Cooder faz no novo registro, um trabalho de imensa crítica para os Estados Unidos da América, utilizando a sonoridade que se fortificou depois da depressão de 30, para contar com ironia e sarcasmo os males dos últimos tempos de seu país, que passou por guerras e crises financeiras pesadas e trata hoje com problemas econômicos e desemprego recorde. “Pull Up Some Dust And Sit Down” fala sobre tudo isso e um pouco mais, e lembra que certas coisas nunca ficam pra trás.
Tocando guitarra, banjo, viola, violão e teclados, Ry Cooder fez um disco poderoso em tempos que as bandas novas esquecem do lado político que a música sempre trouxe consigo. Já abre com a forte “No Banker Left Behind”, que tripudia dos bancos e correlacionados, invade com humor a mesma seara no mariachi de “El Corrido de Jesse James”, traz a guerra para o jogo em “Baby Joined The Army” e procura alguma salvação no balanço de “If There's a God”.
Em “John Lee Hooker For President”, Ry Cooder usa o falecido (e talentoso) bluesman para despejar maneiras “diferentes” de comandar o país, enquanto pratica dedilhados que remetem a Leadbelly e Robert Jonhson com a categoria que lhe é peculiar. “Pull Up Some Dust And Sit Down” é um disco quase estranho aos nossos dias, já que hoje temas políticos são ignorados quase que solenemente. E é justamente isso que amplifica sua força e o transforma em um grande álbum.
Site oficial: http://rycooder.nl
Escute “No Banker Left Behind”:
Sempre preocupado em agregar os mais diversos estilos, o músico foi eleito pela revista Rolling Stone, um dos 100 maiores guitarristas da história. Em seu mais recente disco, porém, ele deixa de lado essa variação maior de estilos e volta para um universo calcado nos anos 30 e 40, com o blues e o folk predominando nas 14 faixas de “Pull Up Some Dust And Sit Down”, que sucede a trilogia “Chávez Ravine” (2005), My Name Is Buddy (2007) e “I, Flathead” (2008).
Ry Cooder faz no novo registro, um trabalho de imensa crítica para os Estados Unidos da América, utilizando a sonoridade que se fortificou depois da depressão de 30, para contar com ironia e sarcasmo os males dos últimos tempos de seu país, que passou por guerras e crises financeiras pesadas e trata hoje com problemas econômicos e desemprego recorde. “Pull Up Some Dust And Sit Down” fala sobre tudo isso e um pouco mais, e lembra que certas coisas nunca ficam pra trás.
Tocando guitarra, banjo, viola, violão e teclados, Ry Cooder fez um disco poderoso em tempos que as bandas novas esquecem do lado político que a música sempre trouxe consigo. Já abre com a forte “No Banker Left Behind”, que tripudia dos bancos e correlacionados, invade com humor a mesma seara no mariachi de “El Corrido de Jesse James”, traz a guerra para o jogo em “Baby Joined The Army” e procura alguma salvação no balanço de “If There's a God”.
Em “John Lee Hooker For President”, Ry Cooder usa o falecido (e talentoso) bluesman para despejar maneiras “diferentes” de comandar o país, enquanto pratica dedilhados que remetem a Leadbelly e Robert Jonhson com a categoria que lhe é peculiar. “Pull Up Some Dust And Sit Down” é um disco quase estranho aos nossos dias, já que hoje temas políticos são ignorados quase que solenemente. E é justamente isso que amplifica sua força e o transforma em um grande álbum.
Site oficial: http://rycooder.nl
Escute “No Banker Left Behind”:
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