O Red Hot
Chili Peppers tem fases bem definidas em quase 30 anos de carreira. A primeira
abrange os primeiros discos, principalmente “Freaky Styley” de 1985 e “The
Uplift Mofo Party Plan” de 1987 ainda com o guitarrista Hillel Slovak (falecido
em 1988), definindo o lado maluco da banda. A segunda passa por “Mother’s Milk”
de 1989 e o clássico “Blood Sugar Sex Magic”, já com John Frusciante na
guitarra e que elevou o grupo para o topo do rock. A terceira e última conta
com a tríade “Californication” de 1999, “By The Way” de 2002 e “Stadium
Arcadium” de 2009, que consolidou a presença nesse topo.
Entre essas fases ocorreram vários outros fatos, como a presença de Dave Navarro do Jane’s Addiction na confusa e apenas mediana fase de “One Hot Minute” de 1996. Em 2011 chega a hora do décimo álbum de estúdio, o primeiro do que parece ser a quarta fase do grupo. “I’m With You” é o primeiro registro com o guitarrista Josh Klinghoffer, que substitui John Frusciante em mais uma saída (será que retorna no futuro?). Músico de apoio na turnê de “Stadium Arcadium”, Josh acaba superando as expectativas e exibe um comportamento tranquilo nas canções, mesmo longe do brilhantismo do seu antecessor.
“I’m With You” abre com “Monarchy Of Roses”, que deixa a esperança de um bom disco no ar, com a bateria quebrada de Chad Smith, a guitarra distorcida aparecendo e o baixo explosivo de Flea fazendo a cama para o vocal de Anthony Kiedis assumir uma típica canção do Red Hot. No entanto, essa esperança inicial aos poucos vai se esvaindo por mais que outras boas músicas apareçam como a funkeada “Ethiopia”, o primeiro single “The Adventures of Rain Dance Maggie” e a ensolarada e melódica “Did I Let You Know”.
Nas demais faixas o que ouvimos é uma banda que agora faz discos para se manter lá em cima apenas, sem toda aquela curiosidade e criatividade exibida pela última vez em “Californication”. É fato que não dá para esperar mais a completa maluquice dos primeiros anos, visto que Chad, Flea e Kiedis já estão quase com 50 anos e tem outros compromissos, como filhos e tudo mais. Porém, existe uma repetição de fórmulas desde “By The Way” de 2002 que realmente incomoda. Tudo é bem gravado, tocado e produzido (com Rick Rubin mais uma vez no comando), mas não dá vontade de ouvir novamente.
Faixas como “Brendan's Death Song”, “Look Around”, “Happiness Loves Company” e “Police Station”, são meros arremedos de outra época e não exibem nada de particularmente interessante, o que faz de “I’m With You” um disco apenas razoável e que não figuraria em um top 5 da discografia da banda. É o típico disco que terá umas duas ou três canções sendo bem executadas e servirá para agradar os fãs e manter assegurada a vaga no topo do mundo do rock por mais um tempo. No entanto, a promessa de um grande trabalho não chega nem perto de ser cumprida e fica para a próxima empreitada.
Site oficial: http://redhotchilipeppers.com
Entre essas fases ocorreram vários outros fatos, como a presença de Dave Navarro do Jane’s Addiction na confusa e apenas mediana fase de “One Hot Minute” de 1996. Em 2011 chega a hora do décimo álbum de estúdio, o primeiro do que parece ser a quarta fase do grupo. “I’m With You” é o primeiro registro com o guitarrista Josh Klinghoffer, que substitui John Frusciante em mais uma saída (será que retorna no futuro?). Músico de apoio na turnê de “Stadium Arcadium”, Josh acaba superando as expectativas e exibe um comportamento tranquilo nas canções, mesmo longe do brilhantismo do seu antecessor.
“I’m With You” abre com “Monarchy Of Roses”, que deixa a esperança de um bom disco no ar, com a bateria quebrada de Chad Smith, a guitarra distorcida aparecendo e o baixo explosivo de Flea fazendo a cama para o vocal de Anthony Kiedis assumir uma típica canção do Red Hot. No entanto, essa esperança inicial aos poucos vai se esvaindo por mais que outras boas músicas apareçam como a funkeada “Ethiopia”, o primeiro single “The Adventures of Rain Dance Maggie” e a ensolarada e melódica “Did I Let You Know”.
Nas demais faixas o que ouvimos é uma banda que agora faz discos para se manter lá em cima apenas, sem toda aquela curiosidade e criatividade exibida pela última vez em “Californication”. É fato que não dá para esperar mais a completa maluquice dos primeiros anos, visto que Chad, Flea e Kiedis já estão quase com 50 anos e tem outros compromissos, como filhos e tudo mais. Porém, existe uma repetição de fórmulas desde “By The Way” de 2002 que realmente incomoda. Tudo é bem gravado, tocado e produzido (com Rick Rubin mais uma vez no comando), mas não dá vontade de ouvir novamente.
Faixas como “Brendan's Death Song”, “Look Around”, “Happiness Loves Company” e “Police Station”, são meros arremedos de outra época e não exibem nada de particularmente interessante, o que faz de “I’m With You” um disco apenas razoável e que não figuraria em um top 5 da discografia da banda. É o típico disco que terá umas duas ou três canções sendo bem executadas e servirá para agradar os fãs e manter assegurada a vaga no topo do mundo do rock por mais um tempo. No entanto, a promessa de um grande trabalho não chega nem perto de ser cumprida e fica para a próxima empreitada.
Site oficial: http://redhotchilipeppers.com
2 comentários:
Fato. Me decepcionei mto com o cd. Só achei uma música boa , Goodbye Hooray.
Mto bom o texto.
Obrigado pelo elogio,Daniel.
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