Como recuperar o tempo que passou? Essa é a pergunta que E. F. Bloodworth faz para si mesmo quando resolve retornar para o lar de onde partiu 40 anos antes para ganhar o mundo com um violão nas costas. A música, que como ele mesmo afirma foi sua maldição e salvação, apenas o fez sobreviver e não levou ao sucesso, fama ou glórias. Já velho e doente opta em passar os dias finais na pequena cidade encravada no interior do estado do Tennessee, USA.
“O Retorno de Bloodworth” chega diretamente em DVD por aqui e pode ser confundido inicialmente com o ótimo “Coração Louco” de Scott Cooper, mas apesar de ter uma via em comum explora outras nuances. O velho cantor que regressa é interpretado por Kris Kristofferson, a vontade em um papel que devido a sua extensa carreira de músico e ator, não lhe faz surpresa. Nesse regresso, o que pode ser entendido apenas como uma busca por redenção, vira outro jogo.
Em seu segundo filme, o diretor Shane Dax Taylor perde a chance de construir um trabalho mais consistente. O roteiro de W. Earl Brown (que também atua como filho do velho trovador no longa) distribui o foco em muitas frentes e insiste demais no desgastado drama da família disfuncional de uma cidade pequena norte-americana. Isso acaba quebrando o ritmo, pois transfere histórias mais interessantes para outras que não funcionam como deveriam.
Baseado em uma novela de William Gay chamada “Provinces Of Night”, a trama falha na tentativa de manter o nível em todos suas esferas. Enquanto acerta na relação de Bloodworth com os filhos e o neto (Reece Thompson de “Provas e Trapaças”) que carrega o seu nome, não agrada tanto quando conta os dramas pessoais de cada um e que envolvem fanatismo religioso, abuso de álcool e paixões que transitam entre pólos distintos do céu e do inferno total.
“O Retorno de Bloodworth” ainda traz um Val Kilmer (“The Doors”) cada vez mais ridículo e em declínio nos seus papeis no cinema e uma trilha sonora que com a produção de T-Bone Burnett e a execução de Kris Kristofferson poderia alcançar níveis bem maiores. É um filme que até a primeira metade parece que vai funcionar, mas acaba se perdendo mais adiante, por mais que tente se redimir um pouco no fim. Indicado apenas para dias sem muitas opções.
Assista o trailer:
“O Retorno de Bloodworth” chega diretamente em DVD por aqui e pode ser confundido inicialmente com o ótimo “Coração Louco” de Scott Cooper, mas apesar de ter uma via em comum explora outras nuances. O velho cantor que regressa é interpretado por Kris Kristofferson, a vontade em um papel que devido a sua extensa carreira de músico e ator, não lhe faz surpresa. Nesse regresso, o que pode ser entendido apenas como uma busca por redenção, vira outro jogo.
Em seu segundo filme, o diretor Shane Dax Taylor perde a chance de construir um trabalho mais consistente. O roteiro de W. Earl Brown (que também atua como filho do velho trovador no longa) distribui o foco em muitas frentes e insiste demais no desgastado drama da família disfuncional de uma cidade pequena norte-americana. Isso acaba quebrando o ritmo, pois transfere histórias mais interessantes para outras que não funcionam como deveriam.
Baseado em uma novela de William Gay chamada “Provinces Of Night”, a trama falha na tentativa de manter o nível em todos suas esferas. Enquanto acerta na relação de Bloodworth com os filhos e o neto (Reece Thompson de “Provas e Trapaças”) que carrega o seu nome, não agrada tanto quando conta os dramas pessoais de cada um e que envolvem fanatismo religioso, abuso de álcool e paixões que transitam entre pólos distintos do céu e do inferno total.
“O Retorno de Bloodworth” ainda traz um Val Kilmer (“The Doors”) cada vez mais ridículo e em declínio nos seus papeis no cinema e uma trilha sonora que com a produção de T-Bone Burnett e a execução de Kris Kristofferson poderia alcançar níveis bem maiores. É um filme que até a primeira metade parece que vai funcionar, mas acaba se perdendo mais adiante, por mais que tente se redimir um pouco no fim. Indicado apenas para dias sem muitas opções.
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