Em plena Los Angeles dos anos 70 um detetive particular leva sua vida na manha, sem se estressar com muita coisa e tendo como maior preocupação acender alguns cigarros de substâncias exóticas durante o dia, enquanto se envolve em casos pitorescos. Isso muda quando uma ex-namorada bate a sua porta e pede que ele se envolva em um intricado caso que reúne um dos maiores figurões da Califórnia.
É a partir desse ponto que o escritor Thomas Pynchon desenvolve seu mais recente romance. Lançado lá fora no ano de 2009, ganhou edição nacional pela Companhia das Letras no ano passado, com 464 páginas e tradução de Caetano W. Galindo. O autor famoso por obras como “O Arco-Íris da Gravidade” de 1973, mostra em “Vício Inerente” que não perdeu nada da forma exibida em outrora.
É a partir desse ponto que o escritor Thomas Pynchon desenvolve seu mais recente romance. Lançado lá fora no ano de 2009, ganhou edição nacional pela Companhia das Letras no ano passado, com 464 páginas e tradução de Caetano W. Galindo. O autor famoso por obras como “O Arco-Íris da Gravidade” de 1973, mostra em “Vício Inerente” que não perdeu nada da forma exibida em outrora.
Em uma época não muito fácil nos Estados Unidos, o detetive Doc Sportello insere-se em uma trama perigosa que na verdade, na verdade, não entende muito bem. Veja bem, o cara é um ex-hippie que consome uma quantidade razoável de maconha diariamente e não consegue discernir direito nem as louras que se exibem de biquíni por Gordita Beach, o que dirá então desvendar um caso repleto de complicações.
As ações de Charles Manson eram bem vivas e assombravam as mentes mais “abertas” e Richard Nixon cometia suas loucuras na presidência, assim como Ronald Reagan no governo do estado da Califórnia. A cidade de Los Angeles vivia um momento mais tresloucado que nunca, onde o cinema se confundia com a vida de todos os habitantes e o movimento hippie já exalava odores não muito agradáveis.
Como de costume em seus livros, Thomas Pynchon ministra ao leitor fartas doses de confusão, dúvidas e neuroses diversas. A sua escrita é ácida, irônica e divertida, sendo utilizada para tratar dos mais variados temas, tais como corrupção, política e comportamento social, de uma maneira que tudo seja convertido na lógica peculiar e errônea da trama. É fácil se perder no meio de tanta paranóia e alucinação.
Em “Vício Inerente”, Thomas Pynchon espalha seu olhar para a cultura dos anos 70 enquanto usa de uma trama policial para disfarçadamente atestar o fim de uma geração (ou de uma época) em si. O livro traz referências mil em todos os seus poros e é uma literatura que anda na mesma estrada de contemporâneos seus como Joseph Heller e Hunter S. Thompson. Um livro para se fazer a cabeça. Experimente.
Um trailer de apresentação sobre o livro, aqui.
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