“Tirem as crianças da sala!”. Esse bordão de um apresentador de televisão me veio a mente no decorrer da sessão de “Harry Potter e As Relíquias da Morte - Parte 1”. O anunciado crescimento do bruxinho mais famoso do mundo que vinha se consolidando nos últimos anos atinge seu maior momento no novo filme, que assim como o anterior oscila muito e novamente chega a um resultado apenas razoável no final, sendo o maior culpado disso o roteiro esticado demais.
Isso não quer dizer que o longa não tenha bons momentos. Mais sombrio e adulto que nunca, o diretor David Yates explora todas as fraquezas do trio principal de personagens que sempre carregou a trama nas costas. Harry Potter (Daniel Radcliffe), Rony Weasley (Rupert Grint) e Hermione Granger (Emma Watson) tem suas deficiências e medos amplificados gerando confrontos que passam bem longe da simples inveja que crianças costumam ter umas das outras.
O grande problema fica por conta da divisão do último livro em dois filmes, sendo a segunda parte somente lançada em 15 de julho de 2011. Em vez de optar por um filme mais longo, ali na casa das três horas de duração, a produção dividiu em duas partes, o que gera pelo menos uns quarenta minutos de enchimento de lingüiça que não fariam falta alguma. Talvez por ter que abrigar tantos personagens dos outros episódios, o trabalho acaba se perdendo vez ou outra.
Depois do assassinato de Alvo Dumbledore no último filme, Hogwarts é tomada pelos Comensais da Morte de Lorde Voldemort (Ralph Fiennes) e o terror é espalhado por todas as esferas da sociedade dos bruxos. A única maneira de derrotar o Darth Vader com varinha do filme é destruir pedaços da sua alma espalhados pelo mundo. Harry então toma a frente da missão com seus dois companheiros a tiracolo, tentando enfrentar todas as provações que se anunciam.
Na caça ou fuga que o trio principal empreende, passagens pesadas são mostradas refletindo os temores de cada um, aumentados pelo uso de um cordão que intensifica o lado ruim (qualquer semelhança com um certo anel não deve ser coincidência). Até uma cena de sexo entre os amigos Harry e Hermione ganha seu lugar. Mesmo com direção de arte e fotografia exuberantes, além de uma Emma Watson majestosa, o novo Harry Potter derrapa e desliza mais uma vez.
Site oficial: http://harrypotter.warnerbros.com
Sobre o filme anterior, passe aqui.
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