A direção é do inglês Paul Greengrass. O ator principal é Matt Damon. O roteiro traz um militar que ao se ver no meio de uma conspiração, resolve ir contra todos para solucionar o esquema e desmascarar os culpados. E apesar de parecer, não é mais um filme da franquia Bourne. É “Zona Verde”, o novo trabalho da dupla citada acima. As semelhanças com os dois primeiros filmes do agente desmemoriado acabam trazendo mais malefícios que virtudes.
O diretor que comandou os primeiros (bons) longas da série Bourne, tem no currículo filmes bem melhores como “Vôo United 93” e “Domingo Sangrento”, mas acaba deslizando na repetição no seu novo trabalho. “Zona Verde” se passa no Iraque, pouco tempo depois da invasão dos USA e foca no oficial Roy Miller (Matt Damon), que com sua equipe procura pelas famosas e nunca vistas armas de destruição em massa de Saddam Hussein.
Acontece que mesmo de posse de relatórios da inteligência do exército, Miller não encontra nada. Absolutamente nada. Ao expor suas dúvidas em uma reunião, Martin Brown (Brendan Gleeson), o chefe da CIA no Iraque se aproxima e mostra como as coisas realmente funcionam. O responsável pelas operações do Pentágono, Clark Poundstone (Greg Kinnear) está forjando informações. Logo um rompante heróico toma conta do oficial.
Com a história mais ou menos montada, o filme vai se desenvolvendo com algumas falhas no roteiro, principalmente na facilidade com o que oficial desgarrado atinge seus objetivos, e revela uma conspiração que inclui até a imprensa, que ganha uma senhora espetada do diretor. A câmera nervosa se faz presente, tremida a cada quadro de perseguição, a parte técnica não tem quaisquer erros e Matt Damon está correto, mesmo longe de ser espetacular.
“Zona Verde” não é ruim ou desonesto. O seu maior problema é a falta de criatividade, ainda mais quando passeia no terreno da guerra do Iraque, depois que o “Guerra ao Terror” de Kathryn Bigelow chegou a grande tela, além de se assemelhar muito em forma com os “Bourne” da dupla. Mesmo assim, se não tiver nada para fazer, serve para passar o tempo e é bem melhor do que uns 90% dos trabalhos de ação com a assinatura de Jerry Bruckheimer.
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