O projeto Noites Cariocas se aliou ao Sesc do Rio de Janeiro nessa temporada de 2010 e diversificou sua área de atuação. Dessa vez, além de shows, passa por cinema, teatro e circo. O evento está acontecendo no Píer Mauá, dentro da Zona Portuária, um local bonito e prazeroso de se estar. Bastante amplo, o Armazém 4 tem uma vista privilegiada da cidade, o que acaba servindo como um diferencial nessa reunião de diversão e alegria dentro do verão.
Na esfera musical a programação do ano inclui entre outros, Lulu Santos, Paralamas do Sucesso, Nando Reis e Frejat (ok, a escalação podia ser mais ousada, eu sei), além do mestre Jorge Ben Jor, o show ao qual me dispus a comparecer neste último sábado de janeiro, dia 29. O deslocamento para o centro da cidade até chegar ao local, foi tranqüilo e na entrada o movimento estava calmo, sem nenhuma fila ou tumulto para perturbar a paz.
O espaço amplo do Armazém 4 tem um anfiteatro onde os shows acontecem. Fora isso, tem boate aberta e vários lounges bar. Bem bacana. Por volta da meia noite e meia, a banda do Zé Pretinho entra no palco seguida de Jorge Ben Jor. O anfiteatro lota rapidamente, por mais que o complexo de um modo geral não esteja cheio. Com uma versão resumida da banda do Zé Pretinho (apenas 5 integrantes e sempre de branco), o mestre inicia a festa.
Assistir Jorge Ben Jor ao vivo é sempre divertido. A coleção de hits e o seu suingue mágico não deixam ninguém parado. Crianças, adolescentes, adultos, pais, tios e avós são encontrados pela platéia. Ao meu lado um menino de uns 10 anos dançou a noite toda ao lado de uma senhora com mais de 40 que devia ser da família. Engatando sucessos como “País Tropical”, “Fio Maravilha”, “W Brasil” e “Engenho de Dentro”, a aura fica lá em cima.
Outras canções menos conhecidas aparecem, além de ótimas versões para “Os Alquimistas Estão Chegando” e “Menina Mulher da Pele Preta”. Jorge emociona em uma versão sweet soul de “Do Leme Ao Pontal” do amigo Tim Maia e incendeia tudo mais ainda quando com a distorção da guitarra no talo, invoca “Umbabarauma”. Aliás, a guitarra dele esteve alta e distorcida em várias passagens, criando um efeito sonoro interessante e até certo ponto pesado.
Depois de pedir cinco minutos de descanso, ele voltou para um bis que mais pareceu um segundo tempo. Foi logo avisando que ia atender aos pedidos e emendou mais clássicos como “Balança Pema”, “Bebete Vãobora” e “Ive Brussel”. A apresentação ultrapassou as duas horas e fez todo mundo dançar, cantar e sorrir. Mesmo não tendo a criatividade de outrora, Jorge Ben Jor continua com um dos shows mais bacanas do país. Diversão garantida.
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