1942. A Alemanha vem moldando a Europa de acordo com as doutrinas de seu líder Adolf Hitler. O nazismo alastra seus tentáculos pelo continente e provoca terror e tristeza onde passa. No entanto, as forças que se opõem ao regime de Hitler continuam movimentando suas forças em várias operações secretas, para coibir essas maldades. É nesse cenário que se insere “Eu Sou Legião”, lançada pela Panini Comics em 2009 com 176 páginas.
Originalmente lançada pela editora francesa Les Humanoïdes Associés, a obra traz o roteiro de Fabian Nury e John Cassaday (da excelente “Planetary”) nos desenhos. As cores também ficam em boas mãos com Laura Depuy, que dá um show em todos os quadrinhos. Com tratamento de luxo dispensado pela Panini Comics, com direito a ótima qualidade do papel e capa dura, “Eu Sou Legião” é mais um dos bons lançamentos que desembarcaram no país em 2009.
A trama é dividida em três tomos: O Fauno Dançarino, Vlad e Os Três Macacos. Unindo história mundial, fantasia e órgãos de inteligência secreta, concebe-se um thriller de suspense bem amarrado e construído, sem entregar muito os pontos antes do final (apesar deste estar desenhado na mente do leitor). No meio da segunda guerra mundial, o nazismo investe em áreas diversas e conta com um projeto onde uma menina romena com poderes especiais é o foco.
Começando na Londres em 1942, com a morte de um ilustre conhecido da sociedade e o repasse da sua mente para outro corpo, Fabien Nury vai tocando sua história sem maiores atropelos ou falhas e até mesmo quando a fantasia, por via da entrada dos vampiros se faz presente, consegue segurar. A arte de John Cassaday é um caso a parte. Continua brilhante. Dá vigor e alterna em tons mais escuros os momentos mais intrigantes apresentados.
“Eu Sou Legião” é um bom exemplo de qualidade nos quadrinhos feitos fora da grande mídia, como também do mercado americano. Mesmo usando de temas bem batidos e usados de maneira constante, como a segunda guerra mundial e vampiros, consegue armar uma trama crível e convincente até certo ponto. A trama é tão boa, que amarra até fatos como a conhecida (e fracassada) Operação Valquíria pelo seu meio. Vale a leitura.
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