Sexta feira com show do Ludov na capital paulista, mais precisamente no Studio SP situado na Rua Augusta, que estava com movimento para todos os lados como de costume. A banda da vocalista Vanessa Krongold está na turnê do novo disco, “Caligrafia”, lançado esse ano e que vem angariando criticas boas e indiferentes quase que na mesma proporção. Ao vivo é sempre outra história, então pelo histórico de shows anteriores a expectativa era boa.
Na abertura, o projeto Brothers Of Brazil dos irmãos João Suplicy e Supla. Inusitado. Os temores iniciais foram dissolvidos após duas ou três músicas da dupla. As músicas são na sua grande maioria uma série de desencontros entre o violão de João e a bateria de Supla, mas o resultado acaba por parecer irreverente, absurdo e acima de tudo, engraçado. “Hinos” de Supla também são incluídos como “Japa Girl” e “Garota de Berlin” (essa cantada a plenos pulmões).
Chega a vez do Ludov e os conhecidos fãs ardorosos da banda começam a pular. O show vai passando, passando, passando e só encanta realmente nos hits antigos. Com um repertorio focado no já citado “Caligrafia”, as coisas não correm muito bem, o público não se sente de todo satisfeito e vai deixando a casa cada vez mais vazia. Pode até funcionar em outras ocasiões, mas nessa especificamente o grupo se mostrou pouco inspirado.
Da nova safra de canções, com um lado mais “maduro” da banda, apenas “Paris Texas” foi realmente bacana. Não por acaso é a música que mais remete aos trabalhos anteriores. Foi somente quando atacaram versões de “Estrelas”, “Princesa” e “Kriptonita” que o clima aumentou e ganhou em pressão, mostrando mais sorrisos espalhados entre um verso aqui e outro ali e seus acordes.
Ao sair do Studio SP sobre o som de “Alright” do Supergrass que rolava nas caixas, a impressão que ficava é que o Ludov ainda precisa aprender a conviver com seus trabalhos e postura mais recente, com o começo da carreira de discos como “O Exercício das Pequenas Coisas”, que trazia canções pop e rápidas que lhe moldaram toda uma imagem. Particularmente prefiro esse segundo Ludov, onde a diversão sempre era garantida.
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