Sexta feira na cidade das Mangueiras. A noite guarda uma boa pedida, pois o ex-Titãs Arnaldo Antunes desembarca na cidade para um show e promoção do seu novo trabalho lançado recentemente, chamado “Iê Iê Iê”. Em torno da expectativa com relação ao local, a discoteca Vegas Club, o repertório do show e se a banda que gravou o novo disco viria ou não, algumas conversas foram sendo jogadas fora enquanto as portas não abriam.
O local escolhido agradou logo, bem climatizado, bom espaço, ideal para shows desse porte. Quanto ao repertório, soube-se logo na entrada, pois o novo show está sendo patrocinado por uma grande empresa (Natura) e programas foram sendo distribuídos. Quanto a banda, seria a mesma do disco, com feras como Edgard Scandurra na guitarra e Curumin na bateria, além de Chico Salem no violão e guitarra, Betão Aguiar no baixo e Marcelo Janed nos teclados.
Arnaldo lançou o novo disco em um show que ainda vai visitar várias cidades e que Belém viu quase em primeira mão. Quando as luzes se apagaram, uma grata surpresa aconteceu, “The Fairest of the Seasons” da Nico, extraída do ótimo disco “Chelsea Girl” tomou conta do som. Ótima entrada para o prato principal. Quando a banda entrou no palco, ela veio toda com vestida com ternos para celebrar o clima que o novo disco deve proporcionar.
“Iê Iê Iê”, o disco em questão, veste as roupas e a sonoridade dos anos 60, com um olhar fixo na jovem guarda. Do novo disco vieram dez músicas, com destaque para a faixa título, “Invejoso”, “A Casa é Sua” e as bonitas “Longe” e “Meu Coração”. Apesar da grande quantidade de músicas novas, o público acompanhava bem, dançando e se envolvendo com o espetáculo e o desempenho de Arnaldo e Edgard Scandurra.
Entremeando canções mais antigas como “Essa Mulher”, “Consumado” e “Pedido de Casamento”, com covers até inusitadas como “Americana” de Dorgival Dantas, “Pra Aquietar” do Luiz Melodia, “Quando Você Decidir” do Odair José e “Vou Festejar”, um sambão de Jorge Aragão que travestido de rock levantou todo mundo, o show foi se encaminhando para o final e o inevitável bis.
O bis inevitável veio duas vezes, primeiro com músicas como “Socorro” e para finalizar com “Cabelo”, gravada pela Gal Costa e uma versão improvisada de “O Pulso” para atender quem pedia de modo insistente. Ao sair da Vegas Club o sorriso estava no rosto, não somente pelo clima de baile dos anos 60 que perdurou, mais principalmente por ver que um artista mesmo depois de uma sólida carreira, pode sim fazer um público satisfeito sem apelar somente para os velhos sucessos.
2 comentários:
O show foi ótimo. Mesmo sem grandes hits, o clima das canções fes todo mundo embarcar junto, assobiando, cantarolando...
Isso foi uma das coisas bacanas do show. Musicas novas e o publico endossou bem. Abs.
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