Benoit Courrèges é o chefe de polícia da pequena cidade de St. Denis, localizada no sudoeste da França, na bonita região do Périgord. Em St. Denis, Benoit é mais conhecido como Bruno e leva uma vida extremamente pacata e tranqüila. Como chefe de polícia, tem uma arma que nunca leva consigo e um par de algemas que não sabe ao certo onde está, afinal de contas para lidar com seus deveres perante a comunidade, isso não se faz necessário.
O maior trabalho de Bruno é agir em prol dos habitantes da sua amada cidade, que em dia de feira precisam se “defender” dos inspetores da vigilância sanitária vindos de Bruxelas na Bélgica, sede da União Européia, que tentam impor suas “inadmissíveis” normas para os pães, queijos, patês e vinhos dessa região da França. Os feirantes ainda trazendo consigo resíduos das guerras mundiais no seu corpo, tratam os inspetores como “Gestapo”.
Tudo anda normalmente, quando um velho habitante, imigrante oriundo da Argélia para a França é assassinado, tendo estampado em seu peito o símbolo nazista. Desse momento em diante, Bruno precisa realmente exercer suas funções policiais. Por se tratar de um crime que aponta para questões raciais, diversões órgãos são envolvidos no processo, inclusive o próprio Ministro do Interior do país.
“Bruno, Chefe de Polícia”, chega ao Brasil pela Editora Record, em edição com 300 páginas, um ano após seu lançamento original. Seu autor é o inglês Martin Walker, que além de ser um premiado jornalista, tem um currículo interessante de obras de não-ficção. Por passar seus verões nessa região da França, o autor consegue trazer uma competente verossimilhança de tradições, costumes e personagens.
Na sua trama, Martin Walker adiciona questões políticas conjuntamente com um delicioso banquete de comidas e bebidas, para deixar o leitor com água na boca, sendo o policial Bruno um daqueles personagens que criam empatia imediata com o leitor. “Bruno, Chefe de Polícia” é para ser consumido levemente como uma cerveja ao sol do verão ou um sorvete no meio da rua para apaziguar o calor. Leve e dotado de pequenos prazeres.
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