quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

"Working On A Dream" - Bruce Springsteen - 2009

Um clima de esperança está no ar em boa parte do mundo. A vitória de Barack Obama para presidente dos USA, trouxe esse clima não somente para os americanos saturados com o governo Bush, como para o mundo que o último presidente tanto massacrou economicamente, jogando para a lama os direitos civis, causas ambientais e diplomacia. Se tal esperança será justificável ou não, só o tempo será responsável por dizer.
Com o olhar fixo nesse momento, Bruce Springsteen lança seu novo trabalho, que se fosse de outro artista, sem a história e o envolvimento político em sua volta, poderia soar como oportunista. “Working On a Dream” (“Trabalhando em um Sonho”) pode ser entendido como a trilha sonora para essa transição. O velho “Boss” continua a contar suas histórias, mas desta vez sobre um olhar diferente de discos recentes como “The Ghost Of Tom Joad” ou “The Rising”.
Ao seu lado, os velhos e competentes comparsas da E Street Band, continuam sendo um show a parte, principalmente as guitarras de Steven Van Zandt, o baixo de Garry Tallent e o piano de Roy Bittan, além dos backing vocals do time todo. A sonoridade de “Working On a Dream” não escapa em nada ao que já estamos acostumados, um misto de rock americano em estado bruto com o folk, apoiado em muitos violões.
Bruce começa com “Outlaw Pete”, uma canção bem ao seu estilo, contando uma história em quase oito minutos. No decorrer do disco manda um rockão de arena em “My Luck Day”, flerta com o amor em “Waht Love Can Do” e “This Life”, versa sobre o cotidiano em “Queen Of The Supermarket”, “Life Itself” e “The Last Carnival”, além de buscar um olhar esperançoso na canção que dá nome ao trabalho.
Além das 12 faixas, tem um bônus com “The Wrestler”, canção do novo filme do diretor Darren Aronofsky (do ótimo “Réquiem Para Um Sonho”), que serve como um grande plus. “Working On A Dream” é o retrato de um artista dentro da sua realidade e apesar de não esbanjar nada de novo (e precisa?) e ser um pouquinho inferior ao seu antecessor, “Magic” de 2007, é sempre prazeroso ouvir o “Boss” e suas canções.
Site Oficial: http://www.brucespringsteen.net
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