Os anos 60 foram prolíficos em ótimos artistas de folk. Artistas que tanto traziam o estilo sem maiores alterações, como misturavam com o country, o blues e outros ritmos. Grandes nomes como Bob Dylan, Leonard Cohen, Joni Mitchell, Neil Young e Van Morrison coexistiram com outros menos conhecidos mas não menos importantes como Fred Neil, Bert Jansch, Tim Hardin e Tom Rush, só para ficar em alguns exemplos.
O americano Tom Rush, nascido em fevereiro de 1941 em Portsmouth, New Hampshire é um desses casos menos conhecidos, apesar de muitos nomes da nova geração do folk citarem a sua influência. Seu maior sucesso foi “No Regrets” do excelente “The Circle Game” de 1968, que junto com um trabalho homônimo lançado em 1970, pode ser considerado como o momento mais alto da sua carreira.
Em 2009, o músico que não lançava um álbum de estúdio desde 1974, nos presenteia com “What I Know”, que é extremamente simples na sua essência e repleto de beleza e boa música. Com gravação em Nashville a cargo do produtor Jim Rooney e uma banda de estúdio recheada de feras, Tom Rush destila sua voz marcante em quinze faixas com o folk como condutor e o country como convidado especial em alguns momentos.
Em “What I Know” Tom Rush convida três velhas amigas (e excelentes cantoras) para lhe fazer companhia em algumas faixas. Emmylou Harris, Nanci Griffith e Bonnie Bramlett, servem para abrilhantar ainda mais o trabalho. É incrível como ao escutar algo desse nível, fica difícil assimilar como tanto coisa sem muita qualidade é alçada ao estrelado nos dias de hoje, com canções que são meros pastiches sem alma.
Ao escutar o flerte com o country de “Silly Little Diddle”, o bluegrass de “One Good Man”, ou as belas “Too Many Memories”, “Lonely”, “No One Else But You” e “Drift Away”, parece que o mundo fica um pouco mais distante, os problemas desaparecem por prazerosos minutos enquanto contemplamos aqueles bons momentos que só a música é capaz de proporcionar. Grande retorno de Tom Rush.
Site Oficial: http://www.tomrush.com
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