Os filmes sobre a segunda guerra mundial já tiveram muito espaço no cinema, hoje nem tanto, seja porque os fatos principais já foram mostrados ou por falta de mercado mesmo. No entanto é em cima desse pedaço triste e trágico da história mundial que o astro americano Tom Cruise aposta suas fichas para recuperar a imagem perdida em algumas maluquices e aparições em programas de tv.
“Operação Valquíria” retrata um momento específico do desenrolar da segunda guerra. Coloca na grande tela a história do último dos 15 atentados conhecidos feitos a Hitler por alemães não contentes com seus atos. A escalação do filme passa por atores como Kenneth Branagh, Bill Nighty, Tom Wilkinson, Terence Stamp, Eddie Izzard e David Bamber, tendo Bryan Singer (“X-Men”) na direção e Christopher McQuarrie (Os Suspeitos) como um dos roteiristas.
No longa, somos apresentados ao Conde Claus Von Stauffenberg (Cruise), um oficial que questiona o regime de Hitler e que após perder sua mão, um olho e mais alguns dedos em uma missão na África, volta para a Alemanha, onde se vê inserido junto com outros militares de alta patente, em um golpe para matar Hitler, acabar com a guerra e retomar a Alemanha. Toda a trama é envolta com uma produção impecável e rica em detalhes.
O ponto alto do filme é a direção de Bryan Singer que consegue dar dramaticidade e criar um clima bastante tenso, com um suspense que consegue levar o espectador a torcer pelos digamos assim “bonzinhos”, mesmo que se saiba o resultado final e o fracasso do referido golpe, afinal a história não pode ser mudada, infelizmente nesse caso. Outro ponto positivo é o grande elenco, que vai mostrando pequenos shows gradualmente.
O que deixa a desejar em “Operação Valquíria” são os momentos em que descamba para a pieguice, talvez tentando mostrar um lado mais humano de todos, que não leva a lugar nenhum. Tom Cruise no papel de Stauffenberg não convence bem, tendo uma atuação apenas razoável, não conseguindo ganhar o espectador na maioria dos seus momentos. Parece que faltou a química necessária do astro com o personagem. Acontece.
Pesado o que foi colocado acima, “Operação Valquíria” é um bom filme, bem dirigido e com ótimos atores, mas não chega a encantar. Faz pensar um pouquinho também como às vezes o mundo pode tomar um caminho diferente se a maldade e a loucura forem combatidas. Quanto a aposta das fichas que Cruise faz no filme, ele acaba ganhando, não totalmente e mais pelo conjunto do que por si mesmo, mas ainda sim sai ganhando.
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