Algumas décadas atrás era comum uma banda lançar diversos singles antes de sair com um disco. Passavam-se anos com a banda sobrevivendo através de singles que saiam em busca de um lugar na parada para só depois pensar em compilar estes em um único volume. Tal prática foi se tornando pouco usual apesar de ainda ser utilizada, principalmente ressurgindo nos últimos anos com toda essa revolução na divulgação da música.
Os ingleses do Vincent Vincent And The Villains parecem se enquadrar bem nessa característica. Lançando singles desde 2004, só em março de 2008 o grupo chegou ao primeiro disco, intitulado “Gospel Bombs”. Ao escutar o disco, temos a impressão de que todas as 12 canções presentes são um potencial single, além daquelas que realmente saíram nesse formato no decorrer dos anos.
Vincent Vincent (vocal e guitarra), Tom Bailey (guitarra e vocal), Will Church (baixo e vocal) e Alex Cox (bateria e vocal) usam a sonoridade dos anos 50, com ênfase no rockabilly e misturam com Stray Cats, The Cramps e algumas pitadas dos anos 80 para chegar a um resultado bem interessante. Seu som acaba por parecer “novo” pois sai assim como o trio Kitty, Daisy & Lewis do filão do indie já conhecido e explorado largamente.
Desde a abertura com a meio latina “Beast” até o encerramento com a mais soturna “End Of The Night”, temos uma coleção inegável de potenciais hits para esta e outras épocas. Passe por “Blue Boy” e seus backing vocals em primeiro plano, o ritmo de “Sins Of Love (Wah Do)”, o grande trabalho de baixo de “On My Own”, a ensolarada e dançante “Pretty Girl” ou a doce “Sweet Girlfriend”, para animar os melhores bailes de colégios.
Com um vocalista de timbre característico e uma banda bem competente, com destaque para a cozinha de Will Church e Alex Cox, o Vincent Vincent And The Villains soa “moderno” e cheio de energia, utilizando para isso a sonoridade do começo dessa história chamada de rock n´roll. Vale bem a pena.
My Space: http://www.myspace.com/vvandthev
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