sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

"Bert Jansch" - Bert Jansch - 1965

Em tempos que o folk volta a ser influência para um monte de artistas, entrando na mídia com seus violões, letras e lirismo, indo de Fleet Foxes até o brazuca Vanguart, nada melhor do que buscar um trabalho oriundo da fonte para os ouvidos. Encontrar o folk ainda sem grandes orquestrações, apenas com a parceria entre músico e instrumento soando como um se fossem um só.
“Bert Jansch” lançado em 1965 pelo escocês Herbert Jansch, nascido em 03 de novembro de 1943 é um dos destes trabalhos. Na sua estréia o músico fez 15 canções de puro lirismo, com momentos realmente comoventes. O seu violão brilhantemente tocado, aparece como uma parte sua, uma extensão do corpo. As canções passam jogando tanto com simplicidade quanto com devoção.
O disco foi realizado na casa do seu produtor, registrado por apenas um simples gravador e vendeu somente 150 mil cópias, esbarrando mais uma vez na velha história do reconhecimento tardio de grandes obras. Tente passar imune por faixas como “Oh How Your Love Is Strong”, “I Have No Time”, “Dreams of Love”, “Needle of Death”, “Running, Running from Home” ou “Angie”.
Depois da estréia, Bert Jansch continuou produzindo ótimos discos como “It Don´t Bother Me”, também de 1965, “Birthday Blues” de 1969 ou “Moonshine” de 1973, além de fazer parte do grupo folk Pentagle de 1968 a 1973, banda que tem um clássico no currículo, o disco “Basket Of Light” de 1969. Artistas como Johnny Marr, Jimmy Page, Neil Young e Bernard Butler são fãs confesso do músico.
“Bert Jansch”, o disco, foi lançado em um ano com álbuns como “A Love Supreme” de John Coltrane, “Rubber Soul” dos Beatles, “Highway 61 Revisited” do Bob Dylan e “My Generation” do The Who, só para ficar em alguns e mesmo perante obras tão avassaladoras tem um brilho próprio e especial, carregado de melodias bonitas e arranjos arrebatadores.
Site Oficial: http://www.bertjansch.com

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