Você consegue arrumar um tempo na correria do dia a dia e dá uma passada pelo cinema para ver se consegue pegar alguma sessão, quando percebe que daqui a alguns minutos começará um filme que tem a direção de Ridley Scott e personagens principais, o quase sempre ótimo Russell Crowe e o astro Leonardo DiCaprio em ascensão constante como ator. A primeira coisa que vem a cabeça é: vou comprar meu ingresso, deve ser bom.
“Rede de Mentiras”, o novo longa do diretor de “Alien’, “Blade Runner”, “Gladiador”, “Gangstêr”, etc. é realmente uma ótima promessa, que infelizmente não chega a se concretizar, por mais que não decepcione em momento algum. É um filme mediano, o que com os envolvidos citados anteriormente, chega a ser bem frustrante. “Rede de Mentiras”, vale a sessão se você quer espairecer sem maiores expectativas ou se está sem pretensões maiores para o horário.
A trama, um thriller político e de ação convence bem, mas toma caminhos que o prejudicam no seu andamento. Tudo começa no Iraque, quando um líder da Al-Qaeda começa a comandar ataques terroristas pela Europa. O agente da CIA, Roger Ferris (DiCaprio) consegue rastrear um pequeno fio que pode levar a ele. Para tanto, o seu chefe Ed Hoffman (Crowe, bem a vontade no papel) o transfere para Amã na Jordânia, onde Ferris começa a trabalhar com o chefe da inteligência jordaniana, Hani (Mark Strong).
A partir desse momento a trama viaja e ganha muito em corpo, com o roteirista recém oscarizado por “Os Infiltrados”, William Monahan, mostrando seu trabalho e costurando uma história que além de atual é alicerçada por jogos políticos, mentiras, traições e todo o tipo de sujeira envolvendo a todos. No meio de tudo isso, pessoas são arremessadas para morte e tem suas vidas destruídas por capricho ou jogada daqueles que comandam as peças do tabuleiro.
A trama vai convencendo relativamente bem, quando é inserido na história um par romântico para o agente Roger Ferris, que faz quase tudo desaguar. O filme vira um pastiche de 007 e um romance descabido e plenamente desnecessário, com propensas lições de moral. Em “Rede de Mentiras”, Ridley Scott vai agradar a muitas pessoas, mas quando a sessão acaba, o gosto que fica no final é que poderia ser melhor, bem melhor.
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