Mesmo com tanta informação disponível nos dias de hoje e a vontade de sempre estar atento a tudo que vem acontecendo, freqüentemente passa uma banda que não damos a devida atenção e acabamos por redescobrir mais adiante. Isso aconteceu com os americanos do Fleet Foxes, vi o disco, li uns comentários, mas não fui atrás de escutar. Agora no final do ano a banda esteve presente em listas conceituadas de melhores de 2008, o que me fez querer escutar.
Os americanos de Seattle, Robin Pecknold (vocal e guitarra), Skyler Skjelset (guitarra), Bryn Lumsden (baixo), Casey Wescott (teclados) e Nicholas Peterson (bateria) fizeram no seu disco homônimo de estréia um belo trabalho. “Fleet Foxes” é extremamente prazeroso de ser escutado e pode servi-lo em diversas ocasiões do dia. Sua música habita no mundo de Beach Boys, Bob Dylan, Crosby, Stills, Nash & Young e The Byrds, entre outras influências presentes.
A sonoridade é simples e rústica mesmo quando é extremamente trabalhada. As harmonias vocais elaboradas pela banda são muito bem arregimentadas e conduzidas, transportando o ouvinte para uma espécie de transe que só tem fim quando o disquinho acaba de rodar no player. Vamos citar como exemplo, a faixa “White Winter Hymnal”, com os vocais ora em conjunto, ora em momentos diferentes que vão se encontrando na bela melodia, pedindo para tocar muitas vezes.
Todas as onze canções estão no mesmo nível, mas ainda assim podemos destacar algumas como a abertura com “Sun It Rises”, a bonita “He Doesn't Know Why”, a ode a Neil Young em “Meadowlarks” ou o fechamento nota dez com louvor de “Oliver James”. O timbre de voz de Robin Pecknold também ajuda, é agradável e faz muito bem aos ouvidos às vezes calejados de tanta bobagem durante o dia.
“Fleet Foxes” foi uma grata surpresa nesse final de 2008. Tomara que a banda siga na estrada sempre produzindo músicas não só para os ouvidos, mas também para a alma. Belo disco.
My Space: http://www.myspace.com/fleetfoxes
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