domingo, 30 de novembro de 2008

"Estandarte" - Skank - 2008

O Skank é uma banda que não tem medo de mudar. Nunca teve. Quando se pensa que os caras vão seguir determinada fórmula, eles dão uma mexida, alteram algumas coisas e saem com uma sonoridade sempre um pouco diferente. Basicamente os mineiros tem dois lados, um mais pop e dançante de discos como “Calango” (1994) e “O Samba Poconé” (1996) e outro com uma levada mais rock exibido em trabalhos como “Cosmotron” de 2003 e “Carrosel” de 2006.
Em 2008, Samuel Rosa, Lelo Zaneti, Henrique Portugal e Haroldo Ferreti lançam mais um disco, intitulado “Estandarte” que surge como uma fusão dos dois lados citados acima. Enquanto a banda retoma sua veia mais suingada e dançante, continua apostando nos climas sessentistas e de levada rock dos últimos anos. “Estandarte” é uma fusão de vários “skanks” dentro de um único registro, espalhado em doze músicas que não deixam os fãs decepcionados.
“Pára Raio”, abre com os metais sangrando e guitarra funkeada. “Ainda Gosto Dela” é uma bonita balada que conta com a parceria de Negra Li nos vocais. Bem bacana. “Chão” vem repleta de programações, totalmente dançante. “Canção Áspera” brinca com o final dos anos 70 em mais outra canção para cima. “Noites de Um Verão Qualquer” tem um climão de praia, malemolente e suave. “Escravo” chega com as guitarras ditando o ritmo, para que Samuel brinque com improvisos vocais, uma velha marca.
“Noticias do Submundo” chega flertando com a psicodelia e traz mais guitarras. “Sutilmente” é melhor faixa do trabalho. Uma baladaça linda, com letra marcante, que diz: “quando eu estiver triste simplesmente me abrace/quando eu estiver louco subitamente se afaste/quando eu estiver fogo suavemente se encaixe...”. Já virou uma das preferidas aqui da casa. “Um Gesto Qualquer” esbanja ritmo e efeitos, enquanto Samuel vai cantando uma pequena crônica cotidiana.
“Assim Sem Fim” tem uma estrutura um pouco mais complexa, com mais nuances e efeitos. “Saturação” é a faixa mais longa, tem seis minutos e qualquer coisa de mudanças de andamento e pequenas experimentações. “Renascença” encerra tudo, de maneira urgente e rápida. Em “Estandarte”, o Skank demonstra toda honestidade para com a sua música que sempre guiou a sua carreira. Um disco sem grandes alarmes ou maiores surpresas, mais com bons momentos, para não fazer nada feio na discografia de um dos maiores grupos do país.
Site Oficial: http://skank.uol.com.br
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