Andando pelo shopping essa semana, entrei no cinema para encarar o filme “Show de Bola” no comecinho da noite. Entrei na sala não esperando muita coisa, sabe como é né? Tema batido, direção de um estrangeiro dando seu famoso “ponto de vista” sobre as coisas, etc e tal. Mas como as outras opções não eram tão atrativas, encarei essa uma hora e quarenta minutos que a produção passa pela tela.
A verdade é que as suspeitas iniciais se confirmaram. Tirando um ou outro bom momento “Show de Bola” passa longe de valer a gíria que sustenta seu nome. O diretor alemão Alexander Pickl carrega nos estereótipos e apresenta alguns problemas técnicos de execução. O elenco em sua grande parte, além de ser mal dirigido não tem uma trama assim tão exemplar para se apoiar.
Nessa trama, estamos no Rio de Janeiro e somos apresentados a Tiago (o ator Thiago Martins em bom trabalho), um moleque da favela que vê seu pai ser morto e enquanto cresce, alimenta o sonho de ser jogador de futebol e brilhar no seu time de coração, o Fluminense. Tiago é bom de bola e vê nela como tantos outros, a chance para escapar da miséria e de um meio que leva seus amigos para o tráfico sem ter mais volta.
Mas o processo para brilhar nos campos não é nada simples ou fácil. Enquanto batalha para isso é preciso cuidar da sua mãe doente, lidar com seu irmão Marcos (o ótimo Gabriel Mattar) que faz as vezes de pai, lhe cobrando o desempenho escolar, por exemplo, como também ver seu melhor amigo Sabiá (Luís Otávio Fernandes) ir literalmente ladeira abaixo.
Para conseguir seu sonho, Tiago conta com a ajuda do traficante da favela, Tubarão (um Lui Mendes em desempenho abaixo do que é capaz) que ao mesmo tempo que parece ser sua redenção, acaba por deixar sua vida ainda mais dificil. A encruzilhada se apresenta e Tiago precisa saber o que fazer. “Show de Bola” não convence em momento algum. Nem na trilha sonora. Tudo parece copiado demais, forçado demais e com bons ingredientes de menos.
Um comentário:
Sua crítica ao filme despreza verdadeiros tesouros revelados na fotografia pouco usual de uma das cidades mais famosas do mundo. Seu preconceito salta aos olhos no texto e sua sinopse para blogueiro ler também é deficiente. O filme é bom, a trilha fecha bem e há muito mais acertos do que erros...
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