Sabadão. Segundo dia de festival pela frente. Energias renovadas (ou a maior parte delas) e ânimo em cima. Canequinha para a cerveja na mão e vamos nessa. Cheguei um pouco tarde e perdi a apresentação do “Destruidores de Tóquio” (DDT). Que pena. Queria bem ver os caras em ação novamente. O público vai chegando e entro no comecinho da apresentação dos “Filhos de Empregada”.
Não tem jeito. Por mais que tente não consigo ver algo de bom no som dos meninos. Saio sempre com impressão de que falta um caminho, um direcionamento para o seu som. Depois foi a vez do Zueira de Fumanchú tocar no palco secundário. Bom show. A mistura que envolve forró, regionalismo, reggae, pop e rock funciona bem na maioria das vezes. Agradou.
Depois foi a vez dos cariocas “Do Amor” subirem ao palco principal. Bastante cultuados no cenário alternativo de hoje, pela qualidade (comprovada) dos músicos, eles fizeram um show divertido, alegre e bastante homogêneo. Em seguida os recifenses do “River Raid” arremesaram seu rock de três guitarras em uma platéia que respondeu muito bem a isso. Show bastante conciso, apesar de não ser nada acima da média.
O “Manacá”, banda carioca, veio a seguir e subiu no palco principal. Apesar da proposta interessante de misturar mpb com pop e rock, como também do show bem tocado e da boa presença da vocalista Letícia Persilles, o grupo não comoveu muito. Talvez no outro palco funcionasse melhor. Ou não. Saio um pouco mais cedo, passo pelo laboratório (outra ótima criação do pessoal da produção) e me dirigo para ver o “Ataque Fantasma”.
Elder Effe já tem o nome marcado na recente história do rock paraense devido a sua presença no Suzana Flag, além dos seus outros projetos. Sua banda tinha tudo para fazer um ótimo show, mas contou com problemas técnicos (ficou sem a outra guitarra por algumas músicas). Mesmo assim tocou bem e fez o público cantar junto canções como a bela “Central” e pequenos hits como “120” e “Detetive”.
Em seguida seria a vez dos suecos do “Shout Out Louds” no palco principal. O indie pop com fortes influências de The Cure fez todo mundo se balançar. Lugar garantido entre os melhores shows do festival. Adam Olenius tocou hits de sua banda como “Tonight I Have To Leave It”, “You Are Dreaming” e fez todo mundo dançar com “Shut Your Eyes”. Apresentação muito bacana mesmo. .
Depois, direto do inferninho viria o melhor show da noite. O catarinense radicado em Alagoas, “Wado” (foto), fez todo mundo se balançar e cantar junto. E ainda ganhou de lambuja da produção a chance de tocar mais duas músicas. Sorte do público. Com músicas como “Tarja Preta”, “Beijou Você”, “Fortalece Aí”, “Melhor” e “Teta” (fora as inúmeras outras que ficaram de fora) é meio dificil fazer uam apresentação ruim. Show para guardar na memória.
Colado ao último show, o paulista Luciano Nakata, mais conhecido como “Curumin” subiu para mostrar toda a sua mistura envolvida em ótimas canções. Responsável por um dos melhores discos do ano até agora (“Japan Pop Show”), o multi instrumentista mandou muito bem na frente da sua bateria e o público respondeu bem a músicas como “Compacto” (que foi bastante pedida para minha surpresa). Bom show.
Em seguida viria o projeto “Metaleiras da Amazônia” que infelizmente não assisti, pois o cansaço já tomava conta. Preferi me guardar para o “Autoramas”, no entanto ouvi bons comentários de quem presenciou a parada. Logo depois, Gabriel Thomaz subia no palco principal para encerrar a segunda noite do festival. O “Autoramas” quando toca em Bélem joga praticamente em casa, já fez apresentações excelentes por aqui.
A banda tem um bom público na cidade e este aguardava ansioso pelo show. Apesar de ter um pouco menos gente do que no dia anterior, o que se viu foi uma senhora farra enquanto a banda arremesava seus hits para o alto. Mais um ótimo show do festival. Antes do final, mais bebâdo e cansado que no dia anterior, pega-se o rumo de casa, pois o domingo ainda trará mais coisa pela frente.
2 comentários:
*Festival:
- Ainda não consigo conceber que tenhas gostado de "Mini Box Lunar". ECA! A minha teoria de que isso ocorre pq a JJ é bonita ainda está de pé, rs.
- "O Garfo" ainda será uma grande banda, um dia. Anote aí! ;)
- "Tom Bloch" só não barrou o "Wado", pq isso é impossível. Apesar de não terem tocado "Pela Ciência", encantaram-me. Coisa mais linda de se ver. Deu até vontade de ir empentelhar o Pedro. Mas como o coitado tava rodeado de pessoas sempre que eu o enxergava, preferi deixar quieto.
- "Montage" e "DJ Maluquinho" para mim foram os maiores erros que esse festival ousou cometer. Isso tudo é mania de querer ser diferencial, na minha opinião. Shows que não valem o que custaram e que são feitos para chamar atenção, somente.
- "Canastra" foi completamente "pulante". Eu que o diga! ihihihi. E se a primeira impressão é a que fica, ficou uma das melhores impressa por aqui.
- Na hora do show da "Plebe Rude" eu já não conseguia mais nem me manter em pé direito, quanto mais empolgar. Não os culpo não. o show foi bom, mas bem distante de um que assisti em SP no ano passado. O de SP foi em um inferninho de boys e patys, mas com uma estrutura pra lá de bacana e os velhos punks fazendo as suas rodas serem notadas.
- Eu não gosto de "DDT" e detesto “Filhos de Empregada”.
- "Zueira de Fumanchú" e "Do Amor" prenderam a minha atenção legal e são coisas para serem absorvidas, agora já a "River Raid" conseguiu me deixar mais dispersa do que eu já estava. Até tentei curtir, mas não rolou.
- "Manacá" me irrita e "Attack Fantasma" é lindinho demais. Fizeram um show, para um público saudoso e feliz. Assim como "Johny Rockstar". A felicidade do Ivan era tão bonita e tão convincente ao final do show, que deixava a gente até mais feliz.
- É, “Shout Out Louds” fez uma onda bacana. Permitiu a permanência na frente do palco durante todo o show, com eficiência. =D
-O "Wado" foi inigualável e concordo plenamente contigo, melhor show do festival! Nessas horas que vejo o quanto anos de espera às vezes não me decepcionam não. Apesar de ele ter deixado os momentos mais "românticos e bregas" de fora do show, coisa que senti um pouco de falta. Mas o perdôo devido ao tempo, que era curto mesmo!
-Em "Autoramas", meu corpo já pedia pela cama e assumo que o show me irritou um pouco. Até pq tentei chegar perto e não consegui. Os empolgados me espremiam e eu perdi o ânimo de tentar ver qualquer coisa com atenção. Quando o Daniel Peixoto subiu ao palco, era hora de se retirar pra casa mesmo, com toda a certeza, pois era td que eu não merecia.
- Do terceiro dia, ficam ótimas lembranças, apesar de vários os problemas técnicos terem assolado a maioria das bandas. Guardo como bons momentos, "Curimbó de Bolso", "Johny...", a tua "Suzana Flag" e "Telaviv". O vocal do Rafael é perfeito e calhou muito bem com o som dos meninos. Aquela voz de Phil Anselmo e as dezenas de tatuagens são uma bela combinação. Showzaço, que tu perdestes!
*Em relação ao "Control", como já te disse antes, está no HD fazem alguns meses. Esperando para ser consumido com os 90gb absurdos de coisas que tenho p assistir. Se eu não for ao cinema, assisto por aqui mesmo. Como já te disse tbm, o ser que eu conheço que mais ama o Ian Curtis, não gostou do filme. Apesar de que a pessoa é um pouco rebelde e implicante mesmo, tenho que admitir isso.
*Quanto ao Ed Motta: Eu já te disse que vais ter que me presentear com um Hd novo, né? Ai, ai... rs
*Ainda bem que nem queria assistir à esse "Show de bola" mesmo, kkkk. Ontem fui assistir "Mamma Mia" e passa como uma regular sessão da tarde, provedora de algumas risadas. A Meryl Streep é um caso de talento à parte, como não poderia deixar de ser. A trilha sonora regada à Abba, com caracterização de cenário completamente exagerada, são bem legais em alguns momentos, em outros, extremamente massivas (como não poderiam deixar de ser em algo que é baseado em um musical da Broadway). Mas assim... se for pra rir um tiquinho, assista. Agora te previno desde já: o Pierce Brosnan cantando, ou melhor, se dublando, é uma das coisas mais medonha que eu vi nos últimos tempos, ahahahah
Beijocas e bitocas ;)
:))
O teu amigo é uma mala mesmo. Pode correr para ver "Control"...Bjos.
:)
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