E eis que depois de um longo e tenebroso inverno (ou verão no nosso caso), o filme “Control” chega para ser exibido na cidade. Ainda que no circuito alternativo, mas tudo bem. O longa versa sobre um dos mitos da história do rock, o inglês Ian Curtis que aos 23 anos se suicidou e encerrou prematuramente a carreira de uma banda relevante até hoje, o Joy Division.
A trama é baseada no livro da sua esposa Deborah Curtis e dirigido pelo fotografo Anton Corbijn, que optou por fazer tudo em preto e branco, o que resultou em cenas belíssimas. A fotografia do filme por si só já vale tudo. Daria para extrair postêrs e mais postêrs para colocar em papéis de parede. A trilha sonora é outro grande destaque com músicas de Bowie, Lou Reed e claro do Joy Division.
No papel principal o ator Sam Riley convence muito bem como Curtis. Aliás, todo o elenco tem um trabalho consistente com destaques maiores para Craig Parkinson no papel de Tony Wilson e Toby Kebbell como o empresário Rob Gretton. No decorrer da filmagem, acompanhamos Ian Curtis desde meados de 1973, até o seu suicídio em 18 de maio de 1980.
As cenas em que a banda se apresenta são primorosas. A maneira como o diretor consegue encaixar as canções nas situações apresentadas no filme, também merece aplausos. O encaixe de canções como “Transmission”, “Isolation” ou o clássico “Love Will Tear Us Apart” fazem perder um pouco o fôlego e emocionam. Com várias pitadas de humor negro registra-se um balanço para as paranóias de Ian.
“Control” poderia ser mais filme do que é. Outro enfoque da vida do artista como a sua falta de enquadramento e constantes dúvidas existenciais poderiam tomar mais espaço ao invés das suas relações amorosas. No entanto, isso em nada diminui “Control”, um filme muito bonito e bem feito, que merece ser visto e posteriormente adquirido para deixar na estante da sala.
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