Depois de quase um ano de atraso chega aos cinemas do estado o filme “Na Natureza Selvagem (Into The Wild)”. O longa que recebeu elogios diversos por onde passou, desembarca como um prêmio para todos os amantes do bom cinema. Baseado no livro do escritor Jon Krakauer, temos a história real do jovem Crhistopher Johnson McCandless, que aos 22 anos largou familia, estudos e tudo o mais para seguir atrás daquilo que entendia como a sua felicidade.
Dirigido por Sean Penn, “Na Natureza Selvagem” não passa imune aos nossos olhos. Mesmo depois de alguns dias, as cenas ainda continuam a sobrevoar pela nossa mente. Acredito ser bastante improvável não dar um aperto no lado esquerdo do peito quando os créditos finais começam a aparecer. O ator Emile Hirsch que faz o papel principal é outro ponto alto da produção. Percebe-se a dedicação dele para com o seu personagem.
Chris McCandless tinha uma familia rica, que podia lhe proporcionar uma vida tranquila e brilhante pela frente, de acordo com os seus parâmetros. O problema é que Chris nunca acreditou nesses parâmetros. Sua familia sempre foi calcada em mentiras, brigas e hipocrisias e isso aos poucos foi minando o inteligente menino, que cada vez mais sonhava em sair do meio da sociedade que não conseguia viver em harmonia com os seus pares.
Ao acabar a universidade junta algumas pequenas coisas, doa 24.000,00 doláres da sua poupança para uma instituição de caridade, entra no seu carro velho e sai pela América em busca de viver na natureza, longe dos seres humanos. A partir desse ponto temos um road-movie repleto de descobertas e algumas pequenas redenções, enquanto vemos a sua história apresentada em capitulos que representam seu crescimento.
“Na Natureza Selvagem” faz pensar. No jovem que abandonou tudo para viver o que achava certo, ao mesmo tempo em que se renegou covardemente a enfrentar o que lhe fazia mal. No nosso mundo atual e também na nossa vida, porque não? A fotografia de Eric Gautier (de “Diários de Motocicleta”) e a trilha sonora de Eddie Vedder (canções como “Society” são como coadjuvantes) dão mais força ao trabalho.
Um filme bonito e pertubador.
Sobre a trilha sonora de Eddie Vedder, passe aqui.
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