Em determinado momento da vida todos buscamos algum tipo de redenção, alguma forma de redescobrir uma parte do nosso caminho, alguma maneira de fazer diferente o que não gostamos ou superar um problema que nos aflige. “Ensinando a Viver” (“The Martian Child” no original) versa justamente sobre esses pontos descritos acima, tratando de assuntos um pouco complicados de maneira bem leve.
No filme temos David Gordon (o sempre bom John Cusack) um escritor de ficção cientifica de sucesso que há dois anos sofre com a morte de sua mulher. Durante sua vida com ela, chegaram a pensar em adotar um filho, situação essa que David resolve fazer sozinho nesse momento. No entanto, a tarefa que já é árdua, complica ainda mais pois o garoto escolhido, Dennis (o apenas razoavel Bobby Coleman) é bem estranho e vive literalmente dentro de uma caixa.
David se identifica com Dennis, pois durante sua infância também foi uma criança desconectada do mundo das outras crianças, mas aos poucos ao mesmo tempo que vai se encantando com o seu “filho”, vai desacreditando na sua capacidade de conseguir fazê-lo. O garoto insiste em dizer que veio de marte (daí o título original) e segue tendo uma personalidade dificil (se protegendo na verdade), enquanto leva David ao completo e absoluto delírio em determinados momentos.
No elenco ainda temos nomes como Joan Cusack, Amanda Peet e Oliver Platt, além de uma trilha sonora legalzinha com Electric Light Orchestra e Cat Stevens, entre outros. O roteiro adaptado de um conto do escritor David Gerrold, apesar de ser recheado de clichês funciona bem nesse pequeno drama em busca de familia e redenção, não sendo profundo e resultando em uma boa diversão para o começo da noite.
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