“Batman - O Longo Dia das Bruxas” é daquelas histórias que mereciam uma edição especial, uma edição definitiva. A Panini resolveu fazer isso. A Editora que está fazendo um excelente trabalho, presta mais um grande favor para os amantes dos quadrinhos. A obra célebre dos artistas Jeph Loeb e Tim Sale ganha uma edição encadernada e luxuosa, com vários extras.
Essa obra originalmente lançada nos USA de dezembro de 1996 a dezembro de 1997, em treze edições é admirada com muita justiça. Em entrevista, o diretor Christopher Nolan, responsável por “Batman Begins” de 2005 (que tinha “Batman:Ano Um” do Frank Miller como referência) e pelo excelente e recente “Batman: O Cavaleiro das Trevas”, afirmou que essa foi sua série de cabeceira quando bolava o filme.
É uma espécie de ano “dois” do Morcego. Nela, Batman se vê no meio de uma loucura que parece não ter fim. Uma história estritamente policial com uma arte belíssima remetendo ao noir em diversos momentos. A luta do vigilante contra a máfia que controlada por Carmine Falcano e Salvatore Maroni destroça sua cidade tem clara influência do clássico “O Poderoso Chefão” no seu andamento.
Em uma cidade domada pela corrupção, Batman arma um triunvirato para limpar a sujeira, tendo o tenente Gordon e o recente promotor Harvey Dent (que posteriormente viraria o vilão Duas-Caras) ao seu lado. Ninguém pode confiar em ninguém. Para piorar a situação, aparece um assassino serial usando os feriados como assinatura, enquanto provoca tensão entre as famílias.
Desse ponto, Batman se envolve em uma aventura que parece não ser capaz de parar, vendo sua cidade saindo do comando dos gansters e caindo nas mãos de malucos que vão surgindo pela série como Hera Venenosa, Coringa, Pinguim, Espantalho, Charada, Chapeleiro Louco e a sempre controversa Mulher Gato. A vida de Batman e de Gotham nunca mais será a mesma depois desse “longo dia das bruxas”.
Leitura obrigatória para todos os amantes dos quadrinhos e da arte em geral.
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