
O filme de Ang Lee era totalmente mais voltado para o lado artístico e psicológico do personagem, de maneira totalmente independente, enquanto Leterrier trata o personagem da forma “Hollywood”. Um dos erros do filme é justamente pegar referencias demais. Temos o filme anterior, os quadrinhos, a linha da Marvel conhecida aqui como “Millenium”, em que os personagens são recriados, além da clássica e famosa série de TV.
Isso acaba por dar uma certa confusão de referências no enredo, deixando o espectador que conhece todas essas histórias, um pouco decepcionado. No novo filme, Bruce Banner (um bom Edward Norton, anos-luz na frente do fraquíssimo Eric Bana do anterior), vive escondido dos militares no Brasil, mais precisamente na favela da Rocinha, enquanto busca de maneira desesperada se livrar do Hulk.
O General Thaddeus Ross (William Hurt) emprega todos os seus recursos para caçar o verdão e contrata um profissional (Tim Roth) para comandar suas fileiras, enquanto Banner segue fugindo. As cenas de ação apesar de poucas para um personagem como o Hulk, são de altíssimo nível, sendo este o ponto maior do longa. A briga contra o Abominável impressiona.
“O Incrível Hulk” de 2008, patina e desliza em alguns momentos, como por exemplo na escolha de Liv Tyler para ser o amor de Banner, a Dra. Ross, que apesar de linda não tem a menor cara para o papel. E ganha em outros como nas cenas de ação, em Edward Norton e nas junções que o filme faz para o tão esperado filme dos Vingadores que vêm ai, com citações ao Capitão América, Nick Fury, Shield e o aparecimento de Tony Stark (Robert Downey Jr.) em pequena ponta.
Outros destaques no campo de citações, são Stan Lee (só para variar), o ator que fazia o grandão verde na série como segurança de universidade e a criação do Líder, o cientista Samuel Sterns, um dos mais famigerados vilões do Verdão. No ano que o Verdão anda esmagando tudo nos quadrinhos na série “Hulk Contra o Mundo”, bem que era merecido um tratamento melhor nos cinemas. O Hulk de 2008 é um pouco melhor que o de 2003, mais ainda está longe de ser o filme que o personagem merece, distante de outras produções da Marvel no cinema como “Homem-Aranha”, “X-Men” e “Homem de Ferro”. Filme com cara de sessão da tarde. Nota 6,5 para ele.
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