
Apesar das desconfianças iniciais (e completamente preconceituosas, confesso) o livro passa totalmente longe da auto ajuda e das cores da capa. O universo que o autor nos apresenta no seu livro remete a literatura pop de nomes como Nick Hornby, Matt Beaumont e Tony Parsons e invade o caminho da sensibilidade entre vida, amor e amizade tão brilhantemente explorado no seriado Friends, com inúmeras e incontáveis doses de sarcasmo.
O personagem principal é David, um ex-produtor bem sucedido perto dos 30 anos, que ganhou alguns Emmy´s inclusive e decide do nada largar tudo para ser “feliz de verdade”. Essa busca de felicidade passa pelo desejo de se tornar escritor e ver seu primeiro livro publicado. Enquanto isso não chega, ele ganha a vida sendo disc jockey atendendo casamentos, bodas, quinze anos e outras coisas do tipo.
No caminho de David (além dele mesmo) temos alguns bons amigos de longa data, mais precisamente Cameron, o melhor sucedido, Dustin, o machão, Zach, o intelectual e a melhor amiga e sempre companheira Anne, que resolve casar com um cara que David despreza e chama de “Rato”. Além disso, tem a familia do cara, assim como Janey, que chega e causa bastante confusão nas visões simplistas e meio covardes de David.
Essa “busca pela felicidade” rende ótimos momentos como a disputa de bambolês (para ficar rindo por algumas horas) e a despedida de solteiro do Rato, além de constantes tiradas bem humoradas que fazem do livro algo muito prazeroso de ser consumido. Apesar de não ter nada que indique lições de moral ou coisas do tipo, “Feliz De Verdade” faz vez ou outra dar uma pensada na vida e nos seus caminhos.
Vale muito a pena.
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