Uma guitarra entra soando alto e de maneira constante, a bateria entra na jogada, enquanto o baixo aparece pulsando rapidamente, deixando os versos nervosos que entoam a canção bem acompanhados. Assim é a abertura do novo disco do R.E.M. e chama-se “Living Well Is The Best Revenge”, trazendo Michael Stipe, Peter Buck e Mike Mills mais uma vez ao encontro do barulho e das guitarras.
“Accelerate” é mais do que um nome propício para o novo álbum, representa uma espécie de definição da atual fase. Desde “Monster” de 1994, o R.E.M. não soava tão barulhento e sujo. Depois de três discos com sonoridade bem mais calma (“Up” e “Reveal” e “Around The Sun”), sendo que o último chegou a despertar desconfiança que a banda perdera a mão, por ser demasiadamente denso e pesado, mas nunca ruim ou de baixa qualidade.
Esta é a grande vantagem de Stipe & Cia, nunca em mais de 25 anos de carreira lançaram um disco ruim e ainda deixaram um rastro de clássicos e mais clássicos. “Accelerate” retoma o punch de discos como “Life´s Rich Pageant” de 1986 e “Document” de 1987, além do já citado “Monster”, além de inserir uma certa urgência que remete ao inicio da carreira da banda lá no comecinho dos 80.
Em menos de 35 minutos o R.E.M. destila toda sua qualidade e competência. Depois da abertura com “Living...”, temos mais guitarras em “Man-Sized Wreath”, com Michael Stipe cantando como no meio dos anos 80, depois um clássico instantâneo com o primeiro single “Supernatural Superserious”, viciante e poderoso, para fazer pular fãs e mais fãs nos shows ao redor do mundo.
“Hollow Man” é uma bela canção típica da banda, para cantar junto e tudo mais. “Houston” chega cheia com um clima tenso e poderia muito bem estar no “Around The Sun”. A faixa título arremessa novamente tudo pra cima, show das guitarras de Buck e do sempre convidado Scott McCaughey. “Until The Day Is Done” é uma balada em forma de folk que remete a canções antigas como “King Of Birds”.
Depois chega a vez de uma das melhores faixas do trabalho, “Mr. Richards”, com letra de cunho político, traz uma guitarra soando enquanto Stipe canta. Poderosa. “Sing For The Submarine” é mais trabalhada, em seus quase cinco minutos vai conquistando o ouvinte pouco a pouco. Para fechar, duas cacetadas com fortes ecos punk, “Horse To Water” e a já conhecida “I´m Gonna DJ”, com belos backing vocals de Mills.
Muitas pessoas já falaram que “Accelerate” é o melhor disco do R.E.M. da década e isso é verdade. Mais um ótimo disco em uma carreira sem praticamente nenhuma falha de uma banda que consegue passear no mainstream e no underground com galhardia e brilho, que ao mesmo tempo em que emplaca hits como “Losing My Religion” e "The One I Love", nunca abandona a sua independência, esbanjando qualidade aos quatro cantos.
Acelere (é impossível não fazer o trocadilho...) e corra atrás do melhor disco de 2008 até agora.
Site Oficial: http://www.remhq.com
“Accelerate” é mais do que um nome propício para o novo álbum, representa uma espécie de definição da atual fase. Desde “Monster” de 1994, o R.E.M. não soava tão barulhento e sujo. Depois de três discos com sonoridade bem mais calma (“Up” e “Reveal” e “Around The Sun”), sendo que o último chegou a despertar desconfiança que a banda perdera a mão, por ser demasiadamente denso e pesado, mas nunca ruim ou de baixa qualidade.
Esta é a grande vantagem de Stipe & Cia, nunca em mais de 25 anos de carreira lançaram um disco ruim e ainda deixaram um rastro de clássicos e mais clássicos. “Accelerate” retoma o punch de discos como “Life´s Rich Pageant” de 1986 e “Document” de 1987, além do já citado “Monster”, além de inserir uma certa urgência que remete ao inicio da carreira da banda lá no comecinho dos 80.
Em menos de 35 minutos o R.E.M. destila toda sua qualidade e competência. Depois da abertura com “Living...”, temos mais guitarras em “Man-Sized Wreath”, com Michael Stipe cantando como no meio dos anos 80, depois um clássico instantâneo com o primeiro single “Supernatural Superserious”, viciante e poderoso, para fazer pular fãs e mais fãs nos shows ao redor do mundo.
“Hollow Man” é uma bela canção típica da banda, para cantar junto e tudo mais. “Houston” chega cheia com um clima tenso e poderia muito bem estar no “Around The Sun”. A faixa título arremessa novamente tudo pra cima, show das guitarras de Buck e do sempre convidado Scott McCaughey. “Until The Day Is Done” é uma balada em forma de folk que remete a canções antigas como “King Of Birds”.
Depois chega a vez de uma das melhores faixas do trabalho, “Mr. Richards”, com letra de cunho político, traz uma guitarra soando enquanto Stipe canta. Poderosa. “Sing For The Submarine” é mais trabalhada, em seus quase cinco minutos vai conquistando o ouvinte pouco a pouco. Para fechar, duas cacetadas com fortes ecos punk, “Horse To Water” e a já conhecida “I´m Gonna DJ”, com belos backing vocals de Mills.
Muitas pessoas já falaram que “Accelerate” é o melhor disco do R.E.M. da década e isso é verdade. Mais um ótimo disco em uma carreira sem praticamente nenhuma falha de uma banda que consegue passear no mainstream e no underground com galhardia e brilho, que ao mesmo tempo em que emplaca hits como “Losing My Religion” e "The One I Love", nunca abandona a sua independência, esbanjando qualidade aos quatro cantos.
Acelere (é impossível não fazer o trocadilho...) e corra atrás do melhor disco de 2008 até agora.
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