A independência na música não é um caminho nada fácil. Não somente aqui no Brasil, mas em qualquer lugar do mundo provavelmente. A banda de Madrid na Espanha, Vetusta Morla que o diga. Nove anos se passaram desde a sua formação até o lançamento em 11 de fevereiro desse ano do primeiro disco chamado “Um Día En El Mundo”.
Nove anos que serviram para fazer que a música do Vetusta Morla saia bem acabada e com extrema naturalidade. Antes disso foi lançado o Ep “Mira” em 2005, um belo registro que cedeu quatro canções para a sua estréia (pena que “Iglús” não esteja incluída). Em seu site oficial (que coloco abaixo) este registro está disponível para download.
Esse combo espanhol tem em sua formação o ótimo Pucho (vocal), além de Alvaro B. Baglietto (baixo), Guilhermo Galván (guitarras), Juan Manuel Latorre (guitarras e teclados), Jorge González (percussão e programações) e David “El Indio” (bateria). O entrosamento entre eles é completamente percebível e faz com que todas as canções desçam redondinhas.
No que tange a sonoridade, não espere nada que você não tenha ouvido antes. Lá você pode perceber influências de Radiohead, Travis, Elton John e U2, todas reunidas e mescladas entre si e adicionada a outros toques distintos que ao seu final produzem canções para serem tocadas por horas sem enjoar. As letras são outro ponto forte (confira no site oficial logo abaixo).
Desde que “Autocritica” abre cheio de climas e termina em um coro uníssono até que “Al Respirar” encerre a estréia em um grande trabalho vocal, o Vetusta Morla convence e muito. Maiores destaques para a ensolarada “La Marea” e a esperançosa “Año Nuevo” (ambas extraídas do Ep já citado), além da bela faixa título que com seus teclados e guitarras cortando em frases certeiras é daquelas que grudam na mente.
Uma bonita e grata surpresa desde início de ano.
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