O que é capaz de mudar as nossas vidas para sempre? Será que um pequeno gesto mal interpretado, pode ter esse poder? Essa determinação tão fatalista? Essa é uma das premissas que o cultuado escritor inglês Ian McEwan explora no seu ultimo romance, intitulado “Na Praia”, lançado ano passado por aqui pela Companhia das Letras, com 136 páginas.
Ian McEwan já ganhou diversos prêmios e lançou ótimos livros como “Sábado” e “Reparação”. Sua escrita é sempre direta e bastante prazerosa de ser consumida. Em “Na Praia”, uma história que o próprio autor definiu como “triste com algumas cenas cômicas”, ele volta à Inglaterra de 1962, ainda preenchida com os resquícios da moral vitoriana e na porta da revolução sexual e de costumes que estava por vir.
Narrado em terceira pessoa, temos Edward e Florence, que recém casados vão passar sua noite de núpcias na praia de Chesil, próxima ao Canal da Mancha. Essa noite que devia ser prazerosa, se mostra desastrosa e revela dois personagens demasiadamente educados, embaraçados e tímidos, sufocados pela sua época e divididos entre o desejo e o pudor, a vontade e o despreparo.
Usando o fundo social e cultural da época, Ian McEwan entra na vida de Edward, recém formado em História e Florence, uma promissora violonista, mostrando como se conheceram, o desenrolar do seu romance, os seus sonhos e a não transformação destes, explorando todos os costumes da sociedade a sua volta que tanto atrapalhavam a vida de dois jovens.
“Na Praia” por não ser longo, passa rápido e satisfaz bastante, principalmente devido ao talento de Ewan e sua escrita bonita ao mesmo tempo em que dança com a simplicidade. É um livro para pensar um pouco na vida, em que não há redenção, em que os erros não podem ser consertados, somente analisados. É um livro sobre seguir em frente e lembrar que a vida pode ser modificada por pequenos detalhes.
Site oficial do autor: http://www.ianmcewan.com
Ian McEwan já ganhou diversos prêmios e lançou ótimos livros como “Sábado” e “Reparação”. Sua escrita é sempre direta e bastante prazerosa de ser consumida. Em “Na Praia”, uma história que o próprio autor definiu como “triste com algumas cenas cômicas”, ele volta à Inglaterra de 1962, ainda preenchida com os resquícios da moral vitoriana e na porta da revolução sexual e de costumes que estava por vir.
Narrado em terceira pessoa, temos Edward e Florence, que recém casados vão passar sua noite de núpcias na praia de Chesil, próxima ao Canal da Mancha. Essa noite que devia ser prazerosa, se mostra desastrosa e revela dois personagens demasiadamente educados, embaraçados e tímidos, sufocados pela sua época e divididos entre o desejo e o pudor, a vontade e o despreparo.
Usando o fundo social e cultural da época, Ian McEwan entra na vida de Edward, recém formado em História e Florence, uma promissora violonista, mostrando como se conheceram, o desenrolar do seu romance, os seus sonhos e a não transformação destes, explorando todos os costumes da sociedade a sua volta que tanto atrapalhavam a vida de dois jovens.
“Na Praia” por não ser longo, passa rápido e satisfaz bastante, principalmente devido ao talento de Ewan e sua escrita bonita ao mesmo tempo em que dança com a simplicidade. É um livro para pensar um pouco na vida, em que não há redenção, em que os erros não podem ser consertados, somente analisados. É um livro sobre seguir em frente e lembrar que a vida pode ser modificada por pequenos detalhes.
Site oficial do autor: http://www.ianmcewan.com
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