domingo, 30 de dezembro de 2007

E que venha 2008...

E mais um ano se vai, na esperança daquele que vem.
A todos os amigos e frequentadores do Coisapop, desejamos um 2008 do Caralho!!
Que tudo dê certo e que possamos repensar a nossa vida e guiá-la sempre por um caminho melhor.
Paz!!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

"Bitter" - Jupiter Apple & Bibmo - 2007

Essa semana que passou um bom amigo me repassou o mais recente trabalho do gaúcho Jupiter Apple ou Maçã, intitulado “Bitter”, feito em duo com sua nova parceira (em casa e também no trabalho Bibmo) que assumiu a co-autoria de algumas faias, toca guitarra em outras e faz backing vocals em mais algumas. Apesar do resultado um pouco irregular é sempre bom passar um disco do artista pelo player.
“Bitter” é totalmente em inglês e deixa um pouco de lado a bossa nova e a tropicália que tanto renderam bons momentos a Jupiter em outros discos (como “A Sétima Efervescência” de 1997) e cai de cabeça nas demais influências do músico, como os anos 70, punk, folk e psicodelia. Gravado praticamente todo em primeiro take, o disco tem aquele caráter tosco, saboroso de ser apreciado.
As faixas remetem a várias outros artistas como “Golden Light”, que emula David Bowie, “Clows” (The Kinks), “(Sometimes) Fire-Headin Man”( Rolling Stones), “Seventy Man”(The Stooges) e “Exactly” (novamente Stones). Faixas para serem escutadas em último volume. Dispense algumas como a chata “Deep”, ou as bem mais ou menos “Lovely Riverside” e “Down Myth Girl” que a festa estará pronta para ser feita.
Como diria aquela velha canção: “It´s only rock n´roll but i like it...”
My Space: http://www.myspace.com/jupiterapple

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Boas Festas!!

Salve, salve minha gente amiga...

O Coisapop deseja boas festas a todos aqueles que passaram por aqui e que fazem esse blog ter razão para continuar sempre.

Coloquem o peru no forno, sirvam o vinho e deixa o Frank Sinatra cantar músicas de natal...
Muita paz a todos!!

domingo, 23 de dezembro de 2007

As Boas Festas do Stereoscope...

Salve, Salve...

Ontem rolou a tradicional “Boas Festas” do Stereoscope no Palafita junto com A Euterpia. Muito bom. Tive o prazer de conhecer o Fernando Rosa do site Senhor F, que discotecou um pouco mandando bastante coisa da nossa querida América do Sul, entre outras. 

O meu set, segue mais ou menos ai embaixo como foi (naquilo que consigo me lembrar):
Would It´n Be Nice – The Beach Boys
Confetti – Lemonheads
Like a Virgin – Teenage Fanclub
I Love Rock N´Roll – The Jesus And Mary Chain
Alison – Pixies
Esse Lugar Ruim – Sestine
As Coisas Que Crescem Na Minha Mão – Superguidis
Messias Pessoal – Cabaret
Pernambuco Chorou – Terminal Guadalupe
Jhonny And Mary – Placebo
Banquet – Bloc Paty
I Fought The Law – Sray Cats
Shut Your Eyes – Shout Out Louds
Cannonbal – The Breeders
O Rock Acabou – Moptop
Ad Hoc – Suite Super Luxo
Tão Perto, Tão Certo – Volver
Carinha Triste – Autoramas
Eu Sou Melhor Que Você – Banzé
A Última Palavra Em Fashion – Ecos Falsos
Ele Não Pensa Em Mais Nada – Gardenais
Bossa Nostra – Nação Zumbi
Hey, Yo Silver! – Vanguart

Paz Sempre!!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

"Raising Sand" - Robert Plant & Alison Krauss - 2007

E o ano ia acabando, parecia que todos os grandes discos já tinham sido lançados, aquela velha listinha de melhores já parecia consolidada e eis que aparece um tal de Robert Plant (conheces?) junto com uma ilustre desconhecida (pelo menos pra mim) chamada Alison Krauss e lança um álbum com treze faixas de uma beleza arrebatadora, dando uma bagunçada em tudo.

“Raising Sand” lançado recentemente é um trabalho de extrema beleza, encabeçado por um dos maiores cantores vivos do rock e uma senhorita com uma voz linda, que é musa nos USA do chamado bluegrass (uma variação do country). Produzido por T Bone Burnett, que já trabalhou entre outros com K.D Lang, Elvis Costello e Wallflowers, tudo soando com extrema qualidade.

O repertório passeia entre antigas canções de Tom Waits Everly Bothers, Doc Watson e Gene Clark, trazendo sua essência no blues e no country, mas passeando por outros ritmos. A banda que acompanha a dupla é formada por Marc Ribot e Norman Blake nas guitarras, Mike Seeger nos teclados, pianos e violões, Jay Bellerose na bateria e o excelente baixista Dennis Crouch.

“Rich Woman” abre o disco com um baixo em primeiro plano, fazendo a cama para o vocal dividido de Plant e Krauss, com o primeiro improvisando no final. “Killing The Blues” parece saída da trilha sonora de algum filme de Cameron Crowe, uma balada lindona. “Polly Come Home”, vem com arranjo triste e Plant cantando ao mesmo tempo com doçura e angústia. “Fortune Teller” ganha uma nova versão como um blues travestido de corpo e alma.

Ainda tem o primeiro single “Gone, Gone, Gone (Done Moved On), com o baixo acústico ditando o caminho para as guitarras que criam um clima a lá “Mrs. Robinson” e o vocal duplo mandando ver, “Stick With Me Baby”, quase como uma antiga canção do U2, “Nothin´” com suas guitarras distorcidas, “Let Your Loss Be Your Lesson”, um country comandado por Krauss e “Your Long Journey” que encerra o disco repleto de violões saídos dos anos 70.

No entanto os dois grandes momentos desse “Raising Sand” duram um pouquinho mais de dez minutos e compreendem “Trough The Morning, Trough The Night” com Krauss dilacerando seu coração e “Please Read The Letter” (regravação oriunda do disco que Plant e Jimmy Page lançaram em 1998, “Walking Into Clarksdale”) com um Plant implorando em um folk meio country meio anos 60. Muito difícil passar imune por essas duas faixas. Quase impossível.

“Raising Sand” é completamente indicado para adicionar beleza em sua vida. Um dos grandes discos de 2007. Não deixe o ano acabar, sem ouvi-lo.

Mais em: http://www.robertplantalisonkrauss.com/site.php

domingo, 16 de dezembro de 2007

"Catherine Avenue" - Biirdie - 2007

Um dia daqueles. Acorda-se ainda sem o sol raiar, passa o dia resolvendo problemas e mais problemas, encara um trânsito horrível desembarcando em casa às nove e tantas da noite direto para frente do computador para concluir o que não deu tempo no decorrer do dia. Cansaço e mau humor são as bolas da vez. Mas você vai lá guerreiro e enquanto consolida um relatório, bota pra baixar um disco que leste uma boa critica.
Enquanto os olhos teimam em fechar você coloca o disco pra rodar. Começa com uma bateria marcando o ritmo, um bom vocal, uma melodia sessentista cantada por um homem, teclados, uma voz de mulher cantando junto (lembrando os bons momentos dos Delgados), backing vocals ao fundo, a entrada de um belíssimo solo de guitarra e...pronto! Seu dia acaba de melhorar, o cansaço começa a ser vencido e um sorriso passa a aparecer no rosto.
A música em questão é “Catherine Avenue” da banda californiana Biirdie, faixa de abertura do disco homônimo, o segundo do trio formado por Jared Flamm, Kala Savage e Richard Gowen, lançado recentemente. Há um disco anterior chamado “Morning Kills The Dark”, que não escutei mas já estou buscando por estes espaços virtuais.
“Catherine Avenue” é pop macio, repleto de coros e backing vocals, teclados e violões ditando os ritmos e suas alternações. “LA Is Mars” é como se o Elton John gravasse com o Grandaddy tendo um George Harrison solando na guitarra. “Who Were You Thinkin´Of” abre com um coro a lá Pink Floyd para se transformar em uma ensolarada canção de domingo, alegre e pra cima.
“Estelle” é um encontro dos Beatles com o country rock. “Petals” tem umas dissonâncias abrindo espaço para o belo vocal de Kala Savage. “I Wish i Could Have Been There” podia ser algo entre o Wilco fazendo uma Jam com Tom Petty. Pop para lavar a alma, despretensioso, simples e repleto de boas intenções.
Não é para mudar sua vida, serve “somente” para salvar esta em um dia ruim. O meu dia que tinha sido daqueles, terminava em alto nível, valendo a pena e revigorado para a próxima manhã. Tem coisas que só a música faz por você, meu caro amigo...
Escute: http://www.myspace.com/biirdie
Site: http://flyawaybiirdie.com

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

"Descartável Longa Vida" - Ecos Falsos - 2007


“Quando eu fui ouvi-los todo orgulhoso com a farinha da minha experiência , eles vieram com um bolo inesperado e eu comi até mais do que eu queria. Esses profanos, esses agnósticos, esses heréticos são bons pra diabo!”. Tom Zé falou isso sobre os paulistas do Ecos Falsos. Um elogio desses vindo de um artista como ele Zé não é pouca coisa. Gera-se um imenso compromisso com a qualidade.
Os paulistas que lançam este ano seu primeiro disco “Descartável Longa Vida”, estão na estrada desde 2001, mudaram de formação algumas vezes e tem um bom EP no currículo. O atual núcleo é composto por Gustavo Martins, Daniel Akashi, Felipe Daros e Davi Rodriguez. As influências da banda passeiam entre a vanguarda paulista dos anos 80 até pelas esquisitices de Frank Zappa, produzindo bons momentos.
Temos ecos de Mutantes em “Eu Nunca Ganho” e “Bolero Matador”, anos 80 com “Animada” e “O Bom Amigo Inibié”, o bom e velho rock n´roll em “A Revolta Da Musa” (com participação especialíssima de Tom Zé) e “A Última Palavra Em Fashion”, anos 60 com a excelente “Findo Milênio” (a melhor letra do disco), Frank Zappa com a nonsense e bem humorada “Sentimental” ou anos 70 com “Primeira Página”.
Os paulistas misturam ótimos sons com bom humor (inteligente e sem ser gratuito), produzindo um bom resultado baseado em plena criatividade. Talvez em alguns momentos falte um pouco de direcionamento, o que não chega a ser um grave problema. Escute a baladinha “Dois a Zero” com a participação da Fernanda Takai e se delicie com essa iguaria . Arrebatadora.
Site: http://www.ecosfalsos.com.br
Baixe o disco totalmente na faixa (com exceção de duas faixas bônus) aqui: http://tramavirtual.uol.com.br/artista.jsp?id=1732

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

"Ao Vivo No Estúdio" - Arnaldo Antunes - 2007

Arnaldo Antunes é uma figura ímpar na música nacional, desde os tempos de Titãs e passando por toda sua carreira solo. Arnaldo é uma espécie de gênio meio estranho,meio louco, mas extremamente cativante. O artista lança em 2007 seu primeiro DVD com cd ao vivo pela Biscoito Fino onde revisita sua obra em um belíssimo registro.

Em “Qualquer”, o disco mais musical da sua carreira lançado ano passado, foi criado um clima totalmente intimista, sem bateria e percussão, sendo que essa atmosfera foi repassada para o novo projeto, ficando a cargo do trio Chico Salem (violões de aço e nylon), Betão Aguiar (guitarra e violão de nylon) e Marcelo Jeneci (teclados e sanfona).

“Ao Vivo No Estúdio” foi gerado no estúdio Mosh em frente a uma platéia de 50 privilegiados e traz um Arnaldo cantando totalmente pela primeira vez em todo o seu trajeto. Em determinados momentos como “Se Tudo Pode Acontecer” ou “Pedido de Casamento” chega a ser emocionante. Em outros como “Judiaria” (de Lupicinio Rodrigues) volta a ser o velho Arnaldo entre a guitarra mais que especial de Scandurra guiando a canção com uma urgência arrebatadora.

Dá-lhe clássicos do artista como “Socorro”,”Não Vou Me Adaptar” (com participação de Nando Reis), “O Quê”, “Num Dia” e “Eu Não Sou Da Sua Rua” (dessa vez quem participa é Branco Mello). A família tribalista, Carlinhos Brown, Marisa Monte e Dadi participam em “Um a Um” e “Velha Infância”(que só entrou no DVD). Ainda tem uma inédita, “Quarto de Dormir”, parceria com Marcelo Jeneci.

No seu site falando sobre o projeto, Arnaldo diz que “nunca teve tanto prazer em cantar como nesse show”. E podemos sentir isso. Trabalho repleto de classe e de nobreza. Uma declaração de amor do artista para com a sua música.

domingo, 9 de dezembro de 2007

"West" - Lucinda Williams - 2007

A primeira vez que ouvi falar da cantora americana Lucinda Williams foi há mais ou menos uns dois anos. Estava eu matando tempo em um cyber e me deparei com uma resenha elogiosa do álbum “Car Wheels On A Gravel Road” de 1998. Fui atrás e me encontrei com uma bela cantora, que ancorava seu trabalho no folk e no country, mas com um pé no rock.
Pela internet (não tem nenhum disco lançado no Brasil) continuei a acompanhar a artista em álbuns como “Essence” de 2001 e o triste World Without Tears” de 2003. Mantendo sempre a média, mas sem nunca conseguir o nível do disco de 1998, passeando sobre influências de nomes como Bob Dylan, Neil Young, Billy Bragg, Joni Mitchell e Bruce Springsteen construiu uma carreira sólida e longe da mídia.
2007 é a vez do seu oitavo disco, “West”, que mantêm o clima mais para baixo do que os anteriores (e esquecendo de vez aquele “pé no rock”), versando sobre perda e decepções sejam elas familiares, amorosas ou cotidianas. “West” é indicado para aqueles dias chuvosos, quando se está lendo um livro ou trabalhando no computador, com suas melodias, violões e o belo vocal de Lucinda sempre em primeiro plano.
“West” só padece de um grave problema: é longo demais. Por conta disso, as 13 faixas acabam por soarem repetitivas, vez ou outra, ainda mais quando se conhece o trabalho anterior. Esse foi um dos malefícios do cd, os artistas pararam de fazer os discos com 10, 11 faixas e passaram a colocar algumas canções que poderiam ficar de fora. “West” tem esse mal.
Mas também tem excelentes canções como “Mama You Sweet”, um belo folk que trata da perda da mãe, “Learning How To Live”, com uma bela melodia, “Come On”, em que a cantora emula uma Patti Smith nervosa e promove um dos grandes momentos do disco, ou a baladaça “Words” com pianos e orquestrações tomando conta dos versos.
Apesar de ser um trabalho um pouco irregular, “West” tem ótimos momentos (e você pode fazer aquela seleção de sete ou oito faixas perfeitinhas), apesar de ser inferior a outros discos da cantora e merece ser consumido em uma noite da sua vida com absoluta certeza.
Site oficial: http://www.lucindawilliams.com

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Dia 22/12 - Boas Festas do Stereoscope

Salve, salve minha gente amiga...
Coloca na agenda aí. Dia 22 no Palafita em Belém a tradicional festa de final de ano do Stereoscope, com A Euterpia e eu brincando de DJ. Participação mais que especial de Fernando Rosa do Senhor F mandando um set daqueles...
Não vá perder!!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

"Viva Muddy Waters" - Blues Etílicos - 2007

McKinley Morganfield nasceu no Mississipi no dia 4 de abril de 1915 e faleceu em 30 de abril de 1983. Durante sua vida, lançou dezenas de discos e influenciou fortemente artistas como Elvis Presley, Rolling Stones e Led Zeppelin. McKinley Morganfield viria a ser conhecido como Muddy Waters, um dos maiores nomes da história do blues em todos os tempos.
Corte para o Brasil. Em 1987, o Blues Etílicos lança seu primeiro registro e em mais de 20 anos de trabalho lança nove discos trazendo o blues para a terra do samba e se consolidando como o maior nome do ritmo no país, ancorado sempre pela maestria de Flávio Guimarães, conquistando fãs e mais fãs.
Corte para 2006. O Blues Etilicos finalmente grava o tão prometido disco em homenagem a sua maior influência. “Viva Muddy Waters” chega às lojas em 2007 e reúne como em um casamento perfeito e atemporal 10 canções do mestre americano tocadas com todo o sentimento e crueza nos arranjos que podiam requerer.
Greg Wilson (vocal, guitarra e trompete), Flávio Guimarães (gaita), Otávio Rocha (guitarras), Cláudio Bedran (baixo) e Pedro Strasser (bateria) dão um show durante todo o disco, envolvendo o ouvinte em uma camada sonora que remete a alguma sala esfumaçada e com som tocando alto.
Temos uma enxurrada de clássicos de autoria de Muddy Waters como “Walking Blues”, “Trouble no More”, “I Cant´ Be Satisfied”, “Messin´With The Man” e “She´s Nineteen Years Old”, esta última com André Christóvam no violão enriquecendo a canção. E ainda tem “I Want To Be Loved” de Willie Dixon, que tanto compôs para Waters, entre outras.
O grande Paulo Moura, disse certa vez que escutar o Blues Etílicos “É uma degustação cheia de energia e prazer”. Assino embaixo. Escute “Viva Muddy Waters” e embebede-se sem moderação.
Site da banda: http://www.bluesetilicos.com.br
Mais sobre Muddy Waters em: http://www.muddywaters.com

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

“Onde Brilhem Os Olhos Seus” - Fernanda Takai - 2007


Fernanda Takai é uma das pessoas mais inteligentes do pop brasileiro há tempos, desde os idos da estréia do Pato Fu em “Rotomusic de Liquidificapum” em 1993. Com sua banda Fernanda remexeu o pop nacional envolvendo modernidade e criatividade e esbanjando uma absurda qualidade ao longo dos anos, cativando fãs eternos (como eu) país afora.
Recentemente o Pato Fu inovou novamente na distribuição e lançou um dos melhores discos de 2007, o “Daqui Pro Futuro” e eis que Fernanda surpreende e decide colocar no mercado ainda esse ano o projeto que Nelson Motta havia lhe oferecido, um disco só com canções interpretadas pela cantora Nara Leão, falecida em 1989 e peça fundamental na bossa nova.
Chega nas lojas este mês “Onde Brilhem Os Olhos Seus” produzido por Motta e com arranjos do maridão John Ulhoa e do amigo de banda Lulu Camargo. No mínimo, esse disco é para ser adquirido, apesar de alguns arranjos não terem ficado tão bons. É um disquinho repleto de graça, cativante e para se deixar rolar por horas no player.
Começa com a transformação de “Diz Que Fui Por Aí”, um clássico do sambista Zé Keti, convertida em uma linda balada, passa pela nova roupagem para “Lindonéia” marco do tropicalismo, desembarca na excelente “Com Açucar, Com Afeto” do mestre Chico Buarque, que ganhou arranjo a lá Pato Fu e poderia muito bem estar no último trabalho da banda.
Ainda tem ótimos momentos como “Debaixo Dos Caracóis dos Seus Cabelos”, “Insensatez”, “Descansa Coração” e a belíssima “Canta, Maria”, valsinha de Cândido Botelho, imortalizada por Ary Barroso. Emocionante. Os arranjos para “Luz Negra” do mestre Nelson Cavaquinho acabaram por perder o encanto desta excelente canção já visitada anteriormente com louvor por Cazuza, o que não estraga o resultado final do álbum.
Fernanda Takai repleta de despretensão coloca no mercado mais uma prova da sua competência, competência cheia de graça e amor. Ótimo presente de final de ano. Corra atrás do seu.
Leia o que dissemos sobre “Daqui Pro Futuro”, o último disco do Pato Fu:
http://coisapop.blogspot.com/2007/08/daqui-pro-futuro-pato-fu-2006.html