Depois do atentado terrorista em 11 de setembro de 2001 nos EUA o mundo não é mais o mesmo, o medo tomou conta ainda mais das grandes cidades que antes se preocupavam com sua violência interna (o que já não era pouco) e agora passam a incluir nesse rol os possíveis ataques terroristas.
Imagine esse cenário mais especificamente nas principais cidades americanas, onde o governo instituiu diversas medidas pró-medo (algumas justas, outras nem tanto) e a população passou os anos seguintes distribuindo sua paranóia até certo ponto justificável pelos quatro cantos. Todo o processo de incompreensão que já existia foi agravado em grande escala para com os estrangeiros do país, principalmente os árabes.
Cabe lembrar que apesar de muitos críticos que possuem opinião pública generalizada terem tentado achar sentidos e explicações para um possível “castigo” para os EUA e terem mesmo que apenas em suas mentes gostado e admirado os ataques de 11 de setembro, nada, simplesmente nada pode justificar tais atos que levaram a morte os inocentes que nada tinham a ver com as questões políticas e decisões tomadas pela Casa Branca.
Dentro desse cenário o excelente diretor alemão Win Wenders (de “Asas do Desejo” e “Paris, Texas”) coloca seu olhar e sua câmera para contar uma historia simples que pode comumente ser adicionada a uma realidade vigente. “Land Of Plenty” foi lançado em 2004 e teve seu titulo extraído de uma canção de Leonard Cohen e que chegou aqui como “Medo e Obsessão” perdendo o excelente titulo que na tradução seria algo como “Terra da Fartura”.
Wenders tem dois personagens dissonantes entre si mas que são unidos por laços familiares que deixaram alguns resquícios no passado e acabam se unindo em prol da mesma causa, mas com desejos distintos entre si. Paul (John Diehl) é um veterano da guerra do Vietnã que dentro de sua paranóia passa a vigiar as ruas de Los Angeles na procura de possíveis ameaças a sua querida nação. Lana (Michelle Williams) é sua sobrinha que passou a vida andando pelo mundo em missões comunitárias e que regressa ao seu país natal.
Quando acontece a morte de um paquistanês próximo ao abrigo onde Lana presta seus serviços sociais, os dois se unem e passam a descobrir um pouco mais de cada um e por conseqüência um pouco mais do mundo que estão vivendo. Esse antagonismo nas mãos de muitos diretores poderia simplesmente soar banal e cheio de chavões implícitos, mas no olhar de Win Wenders ganha um tom de complacência e reflexão, fantasia e realidade.
“Land Of Plenty” é um grande filme que tem um lugar honroso na carreira do diretor, sendo provavelmente a melhor produção cinematográfica realizada até agora sobre os EUA pós 11 de setembro, nos levando a momentos de meditação perante coisas que por mais que pareçam tão simples acabam por transformar o mundo em um lugar onde diferenças não são respeitadas gerando inúmeras mortes sem qualquer aparente razão.
Com uma ótima trilha sonora (Leonard Cohen, David Bowie e Travis entre outros), merece destaque também para quem conhece o trabalho do diretor uma referência bacana na cena em que Lana e Paul conversam no teto, onde está escrito à distância "The New Million Dollar Hotel", referência ao longa “O Hotel de Um Milhão de Doláres" dirigido por Wenders em 2000.
Imagine esse cenário mais especificamente nas principais cidades americanas, onde o governo instituiu diversas medidas pró-medo (algumas justas, outras nem tanto) e a população passou os anos seguintes distribuindo sua paranóia até certo ponto justificável pelos quatro cantos. Todo o processo de incompreensão que já existia foi agravado em grande escala para com os estrangeiros do país, principalmente os árabes.
Cabe lembrar que apesar de muitos críticos que possuem opinião pública generalizada terem tentado achar sentidos e explicações para um possível “castigo” para os EUA e terem mesmo que apenas em suas mentes gostado e admirado os ataques de 11 de setembro, nada, simplesmente nada pode justificar tais atos que levaram a morte os inocentes que nada tinham a ver com as questões políticas e decisões tomadas pela Casa Branca.
Dentro desse cenário o excelente diretor alemão Win Wenders (de “Asas do Desejo” e “Paris, Texas”) coloca seu olhar e sua câmera para contar uma historia simples que pode comumente ser adicionada a uma realidade vigente. “Land Of Plenty” foi lançado em 2004 e teve seu titulo extraído de uma canção de Leonard Cohen e que chegou aqui como “Medo e Obsessão” perdendo o excelente titulo que na tradução seria algo como “Terra da Fartura”.
Wenders tem dois personagens dissonantes entre si mas que são unidos por laços familiares que deixaram alguns resquícios no passado e acabam se unindo em prol da mesma causa, mas com desejos distintos entre si. Paul (John Diehl) é um veterano da guerra do Vietnã que dentro de sua paranóia passa a vigiar as ruas de Los Angeles na procura de possíveis ameaças a sua querida nação. Lana (Michelle Williams) é sua sobrinha que passou a vida andando pelo mundo em missões comunitárias e que regressa ao seu país natal.
Quando acontece a morte de um paquistanês próximo ao abrigo onde Lana presta seus serviços sociais, os dois se unem e passam a descobrir um pouco mais de cada um e por conseqüência um pouco mais do mundo que estão vivendo. Esse antagonismo nas mãos de muitos diretores poderia simplesmente soar banal e cheio de chavões implícitos, mas no olhar de Win Wenders ganha um tom de complacência e reflexão, fantasia e realidade.
“Land Of Plenty” é um grande filme que tem um lugar honroso na carreira do diretor, sendo provavelmente a melhor produção cinematográfica realizada até agora sobre os EUA pós 11 de setembro, nos levando a momentos de meditação perante coisas que por mais que pareçam tão simples acabam por transformar o mundo em um lugar onde diferenças não são respeitadas gerando inúmeras mortes sem qualquer aparente razão.
Com uma ótima trilha sonora (Leonard Cohen, David Bowie e Travis entre outros), merece destaque também para quem conhece o trabalho do diretor uma referência bacana na cena em que Lana e Paul conversam no teto, onde está escrito à distância "The New Million Dollar Hotel", referência ao longa “O Hotel de Um Milhão de Doláres" dirigido por Wenders em 2000.
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