Ano passado o Placebo voltou a colocar um disco novo no mercado, em abril a banda lançou “Meds”. O último álbum de estúdio havia sido “Sleeping With Ghosts” de 2003, sendo sucedido por uma coletânea em 2004, chamada “Once More Feeling”.
Já fazem 10 anos que “Placebo” chegou às lojas, com sua mistura de glam rock e pós punk, trazendo canções nervosas como “Come Home” e “Nancy Boy”. De lá para cá, Brian Molko, Stefan Osdal e Steve Hewitt alcançaram sucesso, inclusive fazendo uma turnê pelo Brasil em 2005 com grandes apresentações, apesar de parecerem meio cansados.
“Meds” abre o disco com um violão tocado rapidamente antes da coisa explodir de vez, num ótimo dueto de Molko com Alison Mosshart do The Kills. É o velho Placebo, mas também uma nova banda, mais madura (e não entenda madura aqui como chata) e mais consciente do seu potencial.
Entram canções mais elaboradas como a excelente “Blind”, o transe incessante de “Space Monkey”, a bela e poderosa “Broken Promise” em que Molko canta com Michael Stipe e a nostálgica “Song To Say Goodbye” que fecha o álbum.
Mas a banda de hits rápidos e certeiros, com grande influência do pós punk ainda está lá, em faixas como “Infra-Red”, “Drag” e “Post Blue”, levantando a moral e jogando para cima, constituindo mais canções para se pular e dançar nos shows.
Confesso que gostava da banda, mas depois que os vi no Abril Pro Rock em 2005, a consideração realmente aumentou, pela entrega em cima do palco e da força que sua música ganha ao vivo. “Meds” segue o mesmo caminho de qualidade anterior, por mais que já aponte novos rumos. Bom disco.
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