Houve um tempo, lá pelas décadas de 40 e 50 e com alguns bons momentos nas décadas de 60 e 70, que o romance policial era um grande gênero de filme, com roteiros bem amarrados, suspense do começo ao fim, mulheres lindas e dissimuladas, policiais cínicos e sedentos por dinheiro, tudo construído sem a caracterização básica de bom x mau.
Um dos pilares desse estilo, tanto na literatura quanto no cinema foi Raymond Chandler, um cidadão que odiava quase tudo que fazia e permanecia sempre que possível bêbado, o que não atrapalhava seu brilhantismo, fazendo na verdade realça-lo. Chandler trabalhou com Billy Wilder em “Pacto de Sangue” de 1944 e com o mestre Alfred Hitchcock em “Pacto Sinistro” de 1951, dentre outros.
Em 1946, Chandler produziu seu único roteiro original para o cinema, o clássico “A Dália Azul” que trouxe Alan Ladd e Verônica Lake nos papeis principais e levou uma indicação ao Oscar de melhor roteiro original. Tudo isso é história. E bote história nisso.
Mudando de cenário, os anos 80 tiveram uma grande revista italiana chamada “Frigidaire”, onde vários nomes da cultura do país se reuniram provocando um trabalho anárquico e sem limites, causando ódio e ira em vários setores da política e da igreja italiana, tendo no quadrinista Filippo Scózzari um de seus grandes nomes.
Nessa conjuntura, entra em cena um grande agitador cultural da época, Oreste Del Buono (que num prefácio bastante interessante explica parte do processo), que “pede” encarecidamente para a revista adaptar “A Dália Azul” para os quadrinhos. Ninguém quer fazer o projeto que acaba sobrando para Scózzari realizar sem nenhum sorriso no rosto.
Desse projeto nasceu “A Dália Azul” de Raymond Chandler por Filippo Scórazzi, lançado pela Editora Conrad (sempre ela!) em 2004 e que chega novamente as bancas. Essas duas mentes que nunca trocaram um oi sequer produzem um trabalho singular. Scórazzi distorce com muito sarcasmo as idéias de Chandler colocando um algo mais repleto de particularidade através do seu traço engraçado e desfigurado.
A história? Bom, uma bela mulher é encontrada morta, depois que seu marido chegou da guerra e descobriu que estava sendo traído por ela. Quem seria o assassino? É nessa viagem que embarcamos, pensando em suspeitos e analisando as nuances da trama. Rogério de Campos introduz a obra com um ótimo prefácio.
Uma obra prima dos quadrinhos, sem dúvida. Essa e outras obras podem ser encontradas em http://www.lojaconrad.com.br/ .
Um dos pilares desse estilo, tanto na literatura quanto no cinema foi Raymond Chandler, um cidadão que odiava quase tudo que fazia e permanecia sempre que possível bêbado, o que não atrapalhava seu brilhantismo, fazendo na verdade realça-lo. Chandler trabalhou com Billy Wilder em “Pacto de Sangue” de 1944 e com o mestre Alfred Hitchcock em “Pacto Sinistro” de 1951, dentre outros.
Em 1946, Chandler produziu seu único roteiro original para o cinema, o clássico “A Dália Azul” que trouxe Alan Ladd e Verônica Lake nos papeis principais e levou uma indicação ao Oscar de melhor roteiro original. Tudo isso é história. E bote história nisso.
Mudando de cenário, os anos 80 tiveram uma grande revista italiana chamada “Frigidaire”, onde vários nomes da cultura do país se reuniram provocando um trabalho anárquico e sem limites, causando ódio e ira em vários setores da política e da igreja italiana, tendo no quadrinista Filippo Scózzari um de seus grandes nomes.
Nessa conjuntura, entra em cena um grande agitador cultural da época, Oreste Del Buono (que num prefácio bastante interessante explica parte do processo), que “pede” encarecidamente para a revista adaptar “A Dália Azul” para os quadrinhos. Ninguém quer fazer o projeto que acaba sobrando para Scózzari realizar sem nenhum sorriso no rosto.
Desse projeto nasceu “A Dália Azul” de Raymond Chandler por Filippo Scórazzi, lançado pela Editora Conrad (sempre ela!) em 2004 e que chega novamente as bancas. Essas duas mentes que nunca trocaram um oi sequer produzem um trabalho singular. Scórazzi distorce com muito sarcasmo as idéias de Chandler colocando um algo mais repleto de particularidade através do seu traço engraçado e desfigurado.
A história? Bom, uma bela mulher é encontrada morta, depois que seu marido chegou da guerra e descobriu que estava sendo traído por ela. Quem seria o assassino? É nessa viagem que embarcamos, pensando em suspeitos e analisando as nuances da trama. Rogério de Campos introduz a obra com um ótimo prefácio.
Uma obra prima dos quadrinhos, sem dúvida. Essa e outras obras podem ser encontradas em http://www.lojaconrad.com.br/ .
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