segunda-feira, 2 de outubro de 2006

"Sam´s Town" - The Killers

Música é um estado de espírito. Acima de tudo. E para a banda de Las Vegas, The Killers, música é acima de tudo uma bela diversão. Diversão por tocar, de cantar refrões ganchudos, de adicionar teclados e melodias marcantes, com letras que parecem ser de algumas décadas atrás. Música acima de tudo é para ser feliz. A banda de Brandon Flowers (vocais e teclados), David Keuning (Guitarras), Mark Stoemer (Baixo) e Ronnie Vanucci (bateria), jogam seu trabalho para o grande desafio do segundo disco. Se em “Hot Fuss” de 2004, a banda recebeu diversos elogios por sua mistura dos anos 80 com o rock atual, elaborando hits como “Mr. Brightside” e “Somebody Told Me”, a prova de fogo acontecem em 2006 com “Sam´s Town”. O disco que teve lançamento no dia 18 de setembro, tem seu nome extraído de um cassino da cidade natal e vinha sendo aguardado com um pouco de ansiedade por quem gostou do álbum anterior e uma reticência maior quanto à qualidade do trabalho. Durante sua gestação, declarações como a do baixista Mark Stoemer de que o disco: "mostra que crescemos um pouco como músicos, compositores e pessoas", botavam mais pulgas atrás das orelhas. No final das contas a banda manteve a pegada do primeiro disco, incorporou mais algumas idéias, descartaram outras e fez canções para dançar, namorar, deixar no som do carro, cantar alto. A formula meio que se repete, mas funciona melhor do que em “Hot Fuss”, parece mais coeso o seu trabalho nesse “Sam´s Town”. A primeira música de trabalho “When You Were Young”, já denuncia boa parte do que virá pela frente, é pop sim senhor mas tocado como rock, rock básico, com a letra ironicamente jogando no ar: “Ele não parece nem um pouco com Jesus, mas ele fala como um cavaleiro, do jeito que você imaginou quando jovem...”. Perfeito para uma banda que olha o passado, principalmente a década de 80, com admiração de tudo aquilo que um dia já se chamou de ultrapassado. Muitas bandas fazem o mesmo, podemos alegar, mas a força do Killers é usar coisas como refrões cantados juntos, teclados fazendo riffs, vocais cheios de pretensão em primeiro plano, atmosfera do pop romantic 80 em uma roupagem rock n roll que não só agrada, como convence a quem gosta de uma boa diversão. Destaque ainda para “Uncle Johnny” com sua guitarra repetitiva fazendo o clima para os vocais e o refrão, “Bones” com entrada à la Queen, tecladinho e metais, “The River is Mind” pelos backing vocals de entrada e o baixo pulsando em primeiro plano, “Bling” pelos violões e o grande vocal de Brandon Flowers ou simplesmente a força de “For Reasons Unknow”. O Killers não vai mudar o mundo e provavelmente nem a sua vida, mas tem a grande força de emocionar e fazer com que se esqueça um pouco de tudo e somente se divertir, dançar e cantar, como se o tempo tivesse parado. Vale muito se escutar o álbum que de antemão tem uma das melhores capas do ano e um dos melhores vocalistas da sua geração. Quanto ao teste que colocamos acima, a banda passou com mérito.
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Um comentário:

Sic disse...

menino o clip do The killers foi dirigido por Tim Burton! aceite!

Eu te odeio...estou com "Elvis está muerto, pero Jesus..."