Foram meses de uma espera difícil, onde os fãs se depararam com brigas entre elenco, trocas no comando do filme, fofocas de todo o lado, mas “X-Men III - o Confronto Final”, o provavelmente último filme da série estreou nesta sexta última, com uma bilheteria imensa e com a grande virtude de provocar um sorriso daqueles de ponta a ponta para todos que o assistem. “X-Men III” sofreu pelo chiliques de seu elenco, como Halle Berry (a Tempestade) que queria uma participação maior da sua personagem, Hugh Jackman (o Wolverine, mais uma vez o grande nome da produção) que ameaçou abandonar o navio e principalmente a saída do diretor Bryan Singer que conseguira montar tão bem os dois primeiros longas, para o ingresso de Brett Ratner e todo cetiscimo atrás do seu nome. Mas, como numa virada incrível, tudo se converteu para aquele que é o melhor filme da série. O diretor soube manter basicamente a mesma estrutura dos anteriores, com os três lados e suas divagações (os X-men, a turma de Magneto e os humanos) e a difícil relação entre os seus desejos. Mostra-se também no longa a criação da Irmandade de Magneto, o surgimento da Fênix e outros personagens como o Fera, Anjo e Fanático, além da participação maior de outros como Kitty e Colussus. Evidente que quem espera que tudo seja igual aos quadrinhos (confesso que eu estou nessa) nunca vai ficar satisfeito. Desde o primeiro filme algumas amarras foram cortadas, o que é necessário para que pudesse ser realizado. Os X-men são diferentes de grande parte dos outros heróis, visto que é mais fácil fazer um filme do Homem Aranha e escolher um vilão, do que abarcar um universo de 15 a 20 personagens, sendo todos importantes e queridos. Esquecendo isso, “X-Men III” é ação e satisfação do inicio ao fim. Passados alguns anos após o segundo episódio, onde o governo se torna mais tolerante com os mutantes, há o anúncio de uma “cura” para os mesmos, opondo grande lados e grandes discussões. Será que ser diferente é uma doença? Ou pensar de outro modo é ilegal? Como tratar com o preconceito? Questões como essa são abordadas de forma veemente. Feito o anúncio, Magneto (mais uma vez Ian Mckellen perfeito no papel) começa a montar sua irmandade, convencendo diversos mutantes a se unirem a ele nessa guerra contra a “cura” e por conseguinte contra a própria humanidade. No meio de tudo isso, Jean Grey ressurge das águas com sua outra identidade, o ser universal com poder de um verdadeiro Deus de nome Fênix, provocando um imenso alarde e colocando todos em perigo. Dessa forma não resta nada aos X-Men senão lutar. E que luta. Cenas memoráveis de Fera, Colossus, Magneto, Tempestade e Wolverine que com certeza deixam os fãs de boca aberta. Cenas como a que Vampira debanda do grupo ou a briga entre Homem de Gelo e Pyro já nasceram clássicas. Além de muitas outras que não dá para contar. Os X-men sempre foram diferentes pela sua diversidade, pela inconstância de seus temperamentos e acima de tudo por mostrar que sempre atrás daquela escola, daquelas lutas, existiam pessoas normais, com anseios normais, com paixões, desilusões e medo. Essa característica básica foi preservada em todos os filmes e culmina nesse último de forma sábia. Nada está certo para que continue, mas todos ficamos na expectativa de ver na grande tela, parte das histórias que tanto encantaram fãs ao redor do mundo como o “Massacre de Mutantes”, por exemplo ou a caracterização de vilões como o Sinistro e personagens como Gambit e Banshee, entre tantos outros. No entanto se tudo acabar por aqui, pode ter certeza que valeu. Valeu mesmo.
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