As crianças e adolescentes estão em polvorosa, estreou nos cinemas nesta última semana, o novo filme do aprendiz de bruxo Harry Potter, “Harry Potter e o Cálice de Fogo”, quarta aventura do mesmo na grande tela. Antes que alguém possa bradar com suas bandeiras dizendo que isso não tem nada a ver com Cultura, leve-se em consideração esse fenômeno que já atingiu milhões de fãs no mundo todo, gerando toda uma rede de produtos em torno dele. Cultura não é somente aquilo que é tradicional ou regional e sim tudo que invade a vida das pessoas. Dito isso, vamos ao filme que fomos conferir na sua estréia. Todo mundo anda falando que este filme é o melhor de todos, o que é plenamente verdade. O tarimbado diretor inglês Mike Newell (“Quatro Casamentos e um Funeral” e “O Sorriso de Mona Lisa”) manteve o crescimento da série, anunciado no bom longa anterior “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban”, dirigido pelo mexicano Alfonso Cuáron, que já indicava um clima mais soturno na trama. Em mais um ano em Hogwarts, Potter (Daniel Radcliffe) se vê em meio a difíceis desafios, pois além de combater Lorde Voldemort (um brilhante Ralph Fiennes), que volta do reino dos mortos, ainda tem que participar de um torneio e lidar com as dúvidas normais de sua adolescência. O filme começa com a final mundial de quadribol, assistido por Potter e seus habituais parceiros Rony Weasley (Rupert Grint) e Hermione Granger (Emma Watson), sendo que após o grande evento, há um ataque dos Comensais da Morte, antigos comparsas de Voldemort, arrasando com tudo que vem pela frente. Após a situação estar controlada começa o ano letivo em Hogwarts. O “colégio” abrigará neste ano a edição do torneio Tribuxo no qual o Cálice de Fogo do titulo escolherá um participante de cada escola (são três), com idade acima de 17 anos. Inexplicavelmente o nome de Potter aparece e o mesmo se vê submetido a entrar em uma competição dura que pode inclusive levá-lo a morte, contando para isso somente com seus amigos e o novo professor de magia Alastor Olho-Tonto Moody (Brendan Gleeson, perfeito). A partir desse enredo principal desenvolve-se um trilller de suspense muito bem ambientado e repleto de revelações e reviravoltas no decorrer da trama. Muitas tramas paralelas que constam no livro não foram desenvolvidas, mas o principal está lá, envolvendo a Potter e os personagens habituais. O bruxinho se vê na crise e descobertas da adolescência, nos primeiros desejos de namoro, primeiras decepções, brigas com amigos e até mesmo a morte de um dos seus. Neste novo filme da série, tragédia pouca é bobagem, como diria o diretor Alvo Dumbledore (Michael Gambon) perto do final: “Muitas tragédias ainda estão por fim...”, o que só atesta o crescimento da série, tornando-se pela primeira vez um filme de verdade, realmente muito bom. Fãs de Hogwarts.....corram ao cinema....(menos os de estômago fraco)....
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