Quando se fala de Sonic Youth, as primeiras palavras que vem a cabeça são microfonia e distorção. Entretanto, essa banda vai muito além do que isso.
O que andou rolando por aqui essa semana, é a obra prima, o verdadeiro clássico do Sonic Youth, falamos de “Daydream Nation” álbum de 1987. Esse disco deu uma nova direção as bandas independentes, em um momento onde o mundo se dividia entre o heavy metal, o hard – rock farofa e a decadência das bandas dos anos 80, mostrando que era possível fazer boa musica sem precisar de instrumentos de ultima geração, estúdios poderosos, grandes gravadoras ou principalmente tocar na rádio.
Mostrou que bastavam boas idéias e uma grande vontade de fazer somente o que se tivesse a fim, unindo guitarras altamente distorcidas escondendo belas melodias, a simbiose perfeita entre noise e harmonia, poesia marginal inspirada principalmente no Velvet Underground e musicas sem formas pré – definidas, com refrões repetidos.
O disco abre com “Teenage Riot”, musica que se tornou hino de uma geração, que falava sobre a apatia da juventude, tem “Candle” e “Total Trash”, verdadeiras preciosidades do rock alternativo, tem a cacetada “Trilogy” que encerra o disco, tem Kim Gordon maravilhosa em “The Sprawl”, entre outras. Não é a toa que Kurt Cobain, Silverchair, Smashing Pumpkis, Pixies, para citar somente alguns, idolatram tanto esse disco.
É certo que o Sonic Youth fez outros belos discos como “Dirty”, “Goo” e “Evol”, mas é em “Daydream Nation” que a banda consegue fazer da sua música algo para mudar uma geração em seu comportamento. Discoteca muito mais do que básica....
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