O rock ou o pop, sempre viveram vez ou outra do humor. Essa é uma linha que muitos se aventuram e poucos com sucesso. E no ano passado, lançado pela revista OutraCoisa do Lobão, eis que surge de Goiânia, o "Reú e Condenado", uma dupla (não sertaneja, fiquem calmos) composta por Daniel Drehmer e Francis Leech.
Tirando um barato já desde a capa e o cd que remetem ao "Mellon Collie and the Infinite Sadness", do Smashing Pumpkis e que é definido no encarte como "disco preferido" da banda, passando pelas músicas, até os agradecimentos e textos do encarte final, os caras fizeram um disco divertido, inteligente (porque não pode haver inteligência no humor?), com rockinhos assobiáveis, que você vai ficar cantando pelos quatro cantos.
Ok, não é nada que vai mudar sua vida ou o mundo, mas é um disquinho para colocar no player e se divertir cantando e rindo por algum tempo. Daqui a uns dois, três meses, quando a piada perder a graça e você parar de sair mostrando aos amigos, o cd vai ficar esquecido com certeza. Mas de que isso importa? O pop não é descartável por si mesmo? Então relaxe, escute e se divirta. Não tem nada a ver com Mamonas Assassinas, fique tranqüilo, o humor negro e sarcástico do RC é muito mais inteligente que isso.
Tirando sarro de tudo e de todos, passando por Legião Urbana e Pet Shop Boys, pegue o barco, através de "Eu sou tão mal", "O Hino da nossa geração", "Não consigo conter tanta alegria no meu coração", "Rio de Lagrimas" e "União Soviética". No entanto, um dos melhores momentos do disco é a faixa "Bob Paraguaçu" com o apoio do meio que padrinho Wander Wildner nos vocais, séria candidata a hino, podem apostar suas fichas. Simplesmente impagavel.
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