Já tinha ouvido falar de Minus Five, inclusive muito bem, mas ainda não tinha escutado nada. Sabia que era a banda do Scott McCaughey músico de apoio do R.E.M desde a turnê do "Monster" e que o Peter Buck guitarrista da banda participava dos seus discos nesse projeto paralelo.
Eis que em uma troca de discos com o Elder do Suzana Flag (envolvendo o "In It For Money" do Supergrass) o terceiro disco chamado "Down the Wilco" de 2003 caiu nas minhas mãos, sendo que para minha grata surpresa ainda o disco foi feito junto com o Wilco, uma das minhas bandas americanas preferidas nos últimos 10 anos, além do Ken Stringfellow do The Posies também fazer parte do grupo. E que discaço é esse.
Scott tem uma voz muito particular e aliada aos instrumentos de Jeff Tweddy do Wilco (um mini gênio) e Peter Buck, o resultado do álbum é simplesmente fantástico. Um delicioso pop retrô com influências das bandas dos anos 60, The Beatles, The Byrds e porque não um pouco de R.E.M e Wilco. Fazia muito tempo que não me apaixonava tanto por um disco com essa intensidade, dessa maneira. O som da banda serve para qualquer hora do dia, qualquer momento, melodias saltam aos ouvidos, pianos encenam o palco para os arranjos cativarem os ouvidos mais incautos.
Dividido em três partes ou três "capítulos", as letras contam uma forma de história entre elas, falando de coisas simples, com um humor bem peculiar aliado a uma sensação de nostalgia que embate no ar a todo momento. Impossível ficar indiferente a canções como: "Days of Wine and Boyze" que abre o disco, a beatle "I´m not Bitter", o momento Byrds em "Where Will You Go? (com um arranjo indefectível de Buck), a super e bela pérola pop "Retrieval of You" ou a singela "Daggers Draw".
Não paro de escutar o disco, sei lá, simplesmente não consigo, portanto roubem, enganem, mintam, cometam o crime que for mas não deixem de escutar esse álbum, a beleza das canções e o sorriso no rosto ao ouvi-las vale qualquer esforço. Simplesmente genial. Ou soberbo. Ou qualquer outro adjetivo que não consigo me lembrar agora é que expresse algo fantástico, sublime. É isso.
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